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DIVERSIDADE

Parada LGBT+ de SP discute o envelhecimento em meio à festa e reflexão

Redação Bonde com Agência Brasil
22 jun 2025 às 20:06

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Paulo Pinto/Agência Brasil
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Com milhares de participantes, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo levou a questão do envelhecimento da população LGBTQiA+ para o centro da discussão e da festa. Na Avenida Paulista completamente cheia – a organização estima público de 4 milhões de pessoas – os 17 trios elétricos desfilaram desde as 13h, rumo ao centro da cidade.

 

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Considerado há anos a maior parada pela diversidade no mundo, o evento levou o tema para o centro da discussão pela primeira vez em suas 29 edições. A pauta foi comemorada pelo ativista Norivaldo Júnior, integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que acompanhou o evento com o marido, o publicitário Rodrigo Souza.

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“Quando a diretoria da parada anunciou que o tema seria o envelhecer foi uma grande alegria para nós, do conselho. A comunidade LGBT passou por uma lacuna durante a década de 80 e ela perdeu muito da sua referência. Hoje a gente consegue fazer ou tentar fazer com que esta geração tenha uma velhice melhor do que a minha", disse.

 

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"Infelizmente temos uma geração, chegando, que é muito ligada às questões do corpo e que nos devolve para o armário pois não consegue nos ver, enquanto idosos, como pertencentes ao movimento. De certa forma não aceitam que irão chegar aos meus 62 anos. Ela volta a nos invibilizar, e faz com que você passe tudo aquilo que muitas vezes você passa na sua juventude, que foi ser expulso de casa, não ser aceito em uma escola, ser difícil conseguir trabalho, quando você chega à idade, à velhice LGBT, você volta a passar por todo esse ciclo novamente. Por isso a importância muito grande de a parada deste ano ter um tema de envelhecimento”, relatou Nori, como é conhecido o ativista.


Ele e o marido são um casal de gerações diferentes, de 62 e 35 anos. “Nós estamos juntos há 14 anos, a gente tem uma diferença de idade de 27 anos, e eu acho que não importa a diferença de idade, mas, se você tem um amor, se você tem um carinho, tem que pensar que amor é construção. Ele leva tempo, paciência e muito companheirismo”, resumiu, emocionado, Rodrigo.

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Paulo Pinto/Agência Brasil


Amigos e famílias


Ao som de música eletrônica e da batida dos leques, a parada reuniu amigos e casais de todas as idades, assim como famílias, em um ambiente de comemoração e consciência. Um dos primeiros blocos foi o das famílias de crianças transgênero, o Bloco Crianças e Adolescentes Trans Existem, que desfila há quatro anos no evento. Presidente da organização não governamental Minha Criança Trans, Thamirys Nunes, de 35 anos é, mãe de uma criança trans de 10 anos de idade e ativista pelos direitos infantojuvenis.

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“A gente vem numa busca de trazer visibilidade, de mostrar que as crianças e adolescentes trans existem, que precisamos de direitos, que as nossas famílias são famílias como qualquer outra família, que as nossas crianças são como qualquer outra criança. A gente sabe que existe um movimento aí que insiste em negar a existência dos nossas filhas e filhos e insiste em dizer que não precisa de políticas públicas, em dizer que somos famílias disfuncionais. Estamos aqui no chão para dizer que somos famílias, como quaisquer outras famílias. E que vamos estar aqui lutando sempre pelas nossas crianças e adolescentes trans, porque, se precisam de futuro, o futuro começa com reconhecimento”, disse.

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Paulo Pinto/Agência Brasil

Brasil

Com uma trajetória mais longa na parada, Mey Ling acompanha a mobilização desde 1996, vindo desde 2001 montada. Hoje com 45 anos de idade, considera importante continuar resistindo e se fazer ver neste contexto. “Tem protesto, tem mobilização, e é sempre festa. E montada a gente tem mais visibilidade, chama mais atenção, tem mais foto, todo mundo quer falar, todo mundo quer... Aí é isso, quando a pessoa vem, a gente consegue abrir o leque maior, consegue representar, consegue protestar, consegue colocar pra fora.”

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Debutando na festa, o argentino German Rocha, também montado, desfilou alegre. Na terceira idade, acha importante conhecer São Paulo e acompanhar a luta pelos direitos além de sua Buenos Aires, de onde veio com o marido e um amigo para desfilar.

 

“Viemos para participar da festa, para demostrar que tanto na Argentina como no Brasil, em muitos lugares, temos a mesma ideologia, de sustentar nossos direitos e conquistas, de buscar mais revolução e mais luta. A América Latina não será vencida”, declarou. Perguntado sobre o ativismo pela diversidade em seu país, disse: "A Argentina tem muitos direitos, mas estamos passando mal com o presidente, que é terrível e nos envergonha, mas seguimos lutando para preservar o que temos construído”, comentou Rocha.


Paulo Pinto/Agência Brasil


 O governo estadual mobilizou 1,5 mil agentes de segurança, na própria extensão do evento e nas delegacias. A recomendação das autoridades é de cuidado com os pertences e bloqueio de celulares em caso de furto ou roubo. Por conta do evento, as equipes de saúde e o esquema de transporte também foram reforçados.



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