Depois de três dias de paralisação, os cerca de 4,2 mil agentes penitenciários retomaram as atividades na quinta-feira (2) nas unidades prisionais do Estado. Eles protestaram contra os ataques criminosos que resultaram nas mortes de dois servidores no mês de março. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a mobilização teve adesão maciça da categoria, entretanto, não houve nenhuma resposta por parte do governo.
Por isso, conforme Petruska Niclevisk, vice-presidente da entidade, foi decidido em reunião com dos diretores do sindicato que todos os agentes vão seguir somente o caderno de segurança (manual do Departamento Penitenciário) que prevê a realização de procedimentos a serem adotados nas penitenciárias. Ela explica que o caderno é o único regulamento de segurança que, além de proteger o servidor dos riscos dentro do estabelecimento penal, também proporciona proteção em casos administrativos. "Não vamos fazer nada a mais do que as condições de segurança proporcionarem. Normalmente os servidores se desdobram para dar conta de todos procedimentos nas unidades, entretanto, com a falta de efetivo só vão desenvolver procedimentos que as condições de trabalho concedidas pelo governo permitir executar com segurança", falou.
O Sindarspen também informou que vai garantir a assessoria jurídica aos agentes que sofrerem assédio moral, inclusive denunciar ao MP e ao Judiciário, os gestores das unidades que obrigarem os agentes a descumprirem as normas de segurança do Depen. Na próxima quinta-feira, dia 9, delegados sindicais se reúnem em Curitiba para definir os próximos passos da categoria, inclusive a possibilidade de convocar uma Assembleia Geral que pode decidir sobre um indicativo de greve.
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Sesp
Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) informou que não vai se manifestar em relação à paralisação dos agentes, e reforçou que "não está medindo esforços para reforçar a segurança nos presídios". O órgão ainda ressaltou que a Polícia Civil está trabalhando para prender os responsáveis pela morte do agente.