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Ala da Lava Jato vai virar hospital para detentos com coronavírus no Paraná

Katna Baran e Wálter Nunes - Folhapress
24 mar 2020 às 09:02
- Sesp
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Os detidos da Lava Jato e de outras operações anticorrupção da Polícia Federal no Paraná serão transferidos de ala no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR) devido à crise do coronavírus.

O local onde eles estão deverá receber detentos que forem diagnosticados com a doença.

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O CMP (Complexo Médico Penal de Pinhais), na região metropolitana de Curitiba, tem hospital e enfermaria e é a referência no estado para tratamento de saúde da população carcerária. Desde 2015, ele abriga os presidiários da Lava Jato –atualmente três permanecem no local.

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Em 2019, os detidos por corrupção foram colocados em um espaço onde antes funcionava um hospital do complexo. O local foi adaptado, recebeu colchões e rebatizado como sétima galeria -antes os detentos da Lava Jato estavam na sexta galeria, que foi destinada a detidos comuns por conta da superlotação.

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Segundo portaria do Depen (Departamento Penitenciário) do estado, os detentos da Lava Jato agora irão para um espaço no prédio principal do presídio, isolado de outras galerias. O Depen não especificou onde os demais serão alocados.


"A sétima galeria do Complexo Médico Penal fica transferida para ambiente distinto das demais galerias e anexo ao prédio principal com finalidade de custodiar homens cuja segurança em virtude da característica pessoal do detido demande separação da massa carcerária, em especial proveniente de operações relacionadas a lavagem de dinheiro, corrupção e colarinho branco", diz a portaria.

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O Depen justifica a medida diante da "necessidade de reativação do hospital penitenciário para atendimento dos detentos que sejam diagnosticados com Covid-19, bem como a necessidade de separação de um espaço exclusivo para evitar a contaminação dos demais detentos".


No ato, o governo diz também que o local não é adequado para o tratamento desses doentes. "O hospital penitenciário não é ambiente adequado para tratamentos médicos que demandem aparelhos e equipamentos essenciais para a manutenção da vida em momentos de crise como a deficiência em atividades cardiorrespiratórias", diz o documento.

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Há hoje no Complexo Médico Penal de Pinhais três detidos da Operação Lava Jato: José Antônio de Jesus, ex-gerente da Transpetro, Roberto Gonçalves e Carlos Roberto Martins Barbosa, ambos ex-gerentes da Petrobras.


Na semana passada, alguns condenados da operação conseguiram progredir para regime de prisão domiciliar com tornozeleira, como Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa (estatal rodoviária do governo paulista) e acusado de ser operador de propinas do PSDB.

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Permanecem no CMP o ex-prefeito de Araucária, Rui Sérgio Alves de Souza, detido na Operação Fim de Feira, o ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, alvo da Operação Diários Secretos, além do vereador da cidade de Jussara (PR), Claudemir Ramos, seis advogados, um médico e um hacker.


O Hospital Penitenciário do Complexo Médico Penal ficou fechado durante dois anos para uma reforma, que começou em 2017. Apesar da conclusão das obras, que custaram R$ 630 mil, ele não reabriu porque não foram comprados novos equipamentos. Ele então foi adaptado para servir de cela para os detidos do colarinho branco.

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Hoje, o Complexo Médico Penal abriga, além dos detentos por corrupção, também detentos em tratamento psiquiátrico, doentes em geral e policiais e agentes de segurança flagrados em crimes e que correm risco se tiverem contato com a população carcerária.


Por causa da pandemia de coronavírus, o Depen adotou medidas como a suspensão por 15 dias das visitas aos detidos, da entrada de sacolas ou de pessoas que não são servidores do Departamento Penitenciário e dos atendimentos de advogados.


Para não paralisar totalmente a assistência jurídica do detento, foi implementada a videoconferência, mesma situação adotada para audiências de custódia e instrução. Também foi aberto o parlatório virtual, onde os advogados podem agendar consultas on-line.

Transferências e escoltas de detidos custodiados nas penitenciárias e cadeias públicas do estado também estão em suspensão por 15 dias.


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