Três dos cincos jovens presos durante ação policial no Centro Cívico, em Curitiba, são alunos da Universidade Estadual de Londrina (UEL). As informações foram repassadas ao Bonde pela diretora de comunicação do Sindiprol/Aduel, Silvia Alapanian, que acompanha as manifestações dos professores na capital. "A informação que nós temos é de que eles teriam sido detidos por policiais à paisana", informou.
Segundo Silvia, os estudantes estão sendo mantidos em uma sala do Palácio Iguaçu sob escolta policial. A Polícia Militar (PM) teria detido os jovens sob a alegação de que eles seriam "black blocs". "Todas as pessoas que estão aqui são professores, servidores ou estudantes. A alegação da polícia é absurda", destacou.
Ainda de acordo com a diretora, a polícia não permite que o presidente do Sindiprol/Aduel, Renato Lima Barbosa, que é advogado, tenha contato com os alunos presos. "A gente não sabe o estado de saúde dos estudantes, tampouco quem são eles", observou.
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Os demais estudantes da universidade que foram para Curitiba estão apavorados. "Nós viemos protestar e fomos recebidos com bombas e violência. O cheiro do gás lacrimogênio não passa, estamos embaixo de chuva, com frio e sendo maltratados. Nunca vimos uma coisa dessa", desabafou Silvia.
A diretora lembrou que os estudantes pretendiam voltar para Londrina ainda hoje. "O grupo é pequeno, tem compromisso com o motorista do ônibus, mas está sendo impedido pelos policiais do Choque de deixarem o local", frisou.
O Sindiprol/Aduel já comunicou a prisão dos estudantes à reitora da UEL, Berenice Jordão, e ao prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também foi procurada para ajudar o sindicato a resolver a situação dos alunos detidos.
Os jovens presos ainda não foram identificados.
Confira imagens dos confrontos na galeria abaixo: