De hoje ao dia 6 de outubro, a artista plástica Tânia Santos expõe seu trabalho montado de 15 pranchas em óleo, nanquim, linha e cara de abelhas sobre papel, no Goethe Institut. O tema da exposição, cujo nome é "Imagens Fictícias", trata do isolamento social e a violência da sociedade em detrimento dos avanços tecnológicos.
Segundo a artista plástica, a interação do homem com o computador possibilita essa "sociabilização virtual". "Na internet, por meio de um nikename, podemos interagir de diversas formas com qualquer pessoa de/em qualquer lugar do mundo. É interessante observar que, logo após o primeiro contato virtual promove-se a troca de fotografias entre as partes envolvidas, não só com o intuito de definir o perfil do outro, mas também como se assim fosse possível ter a certeza de sua real existência."
A mostra de Tânia surgiu da vivência de amizades pela Internet. Ela conta que demorou muito para se render à nova tecnologia, mas a novidade propiciou que fizesse um resgate de memória sobre coisas que vivenciou e promovesse uma reflexão do real e do falso. "A tudo isso juntou os trabalhos que faz na Escola de Música e Belas Artes, onde exploro janelas e seus entornos."
Para ela, o conceito de fotografia e sua imediata associação à idéia de realidade tornaram-se tão fortemente arraigados que, no senso comum, existe um condicionamento implícito de ser a fotografia um substituto imaginário do real. Um substituto portátil que pode ser transportado através do espaço e do tempo.
A violência urbana, a ausência de amizades verdadeiras, a banalização do sexo, dos relacionamentos, tudo isso e muitos outros fatores alimentaram o surgimento de um novo tipo de contato entre as pessoas – o contato virtual. E o elemento central nisso tudo é a solidão ou o medo dela. O que realmente conta é não ficar sozinho. O estar sozinho em nossa sociedade é sinônimo de fracasso e completa inferioridade pessoal. A cobrança feita pelo meio exerce uma pressão quase insuportável.
Partindo da premissa de que a fotografia pode ser objeto de construções mentais interpretativas por parte dos receptores, e ainda da constatação que o imaterial (pois afinal é o que dá sentido à vida que se busca resgatar e compreender) pertence ao domínio da imaginação e dos sentimentos, proponho o desenvolvimento de uma pesquisa plástica cuja poética é a construção de uma memória fictícia.
Exposição "Imagens Fictícias", da artista plástica Tânia Santos, no Goethe Institut (Rua Reinaldino s. de Quadros, 33), em Curitiba. Abertura hoje, às 19 horas. A mostra pode ser visitidada até dia 6 de outubro, de segunda a quinta-feira, das 9 às 22 horas; sexta-feira, das 9 às 16 horas e sábado, das 9 às 17 horas.
Segundo a artista plástica, a interação do homem com o computador possibilita essa "sociabilização virtual". "Na internet, por meio de um nikename, podemos interagir de diversas formas com qualquer pessoa de/em qualquer lugar do mundo. É interessante observar que, logo após o primeiro contato virtual promove-se a troca de fotografias entre as partes envolvidas, não só com o intuito de definir o perfil do outro, mas também como se assim fosse possível ter a certeza de sua real existência."
A mostra de Tânia surgiu da vivência de amizades pela Internet. Ela conta que demorou muito para se render à nova tecnologia, mas a novidade propiciou que fizesse um resgate de memória sobre coisas que vivenciou e promovesse uma reflexão do real e do falso. "A tudo isso juntou os trabalhos que faz na Escola de Música e Belas Artes, onde exploro janelas e seus entornos."
Para ela, o conceito de fotografia e sua imediata associação à idéia de realidade tornaram-se tão fortemente arraigados que, no senso comum, existe um condicionamento implícito de ser a fotografia um substituto imaginário do real. Um substituto portátil que pode ser transportado através do espaço e do tempo.
A violência urbana, a ausência de amizades verdadeiras, a banalização do sexo, dos relacionamentos, tudo isso e muitos outros fatores alimentaram o surgimento de um novo tipo de contato entre as pessoas – o contato virtual. E o elemento central nisso tudo é a solidão ou o medo dela. O que realmente conta é não ficar sozinho. O estar sozinho em nossa sociedade é sinônimo de fracasso e completa inferioridade pessoal. A cobrança feita pelo meio exerce uma pressão quase insuportável.
Partindo da premissa de que a fotografia pode ser objeto de construções mentais interpretativas por parte dos receptores, e ainda da constatação que o imaterial (pois afinal é o que dá sentido à vida que se busca resgatar e compreender) pertence ao domínio da imaginação e dos sentimentos, proponho o desenvolvimento de uma pesquisa plástica cuja poética é a construção de uma memória fictícia.
Exposição "Imagens Fictícias", da artista plástica Tânia Santos, no Goethe Institut (Rua Reinaldino s. de Quadros, 33), em Curitiba. Abertura hoje, às 19 horas. A mostra pode ser visitidada até dia 6 de outubro, de segunda a quinta-feira, das 9 às 22 horas; sexta-feira, das 9 às 16 horas e sábado, das 9 às 17 horas.