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SANIDADE AGROPECUÁRIA

Atuação da Adapar ajuda Paraná a recuperar mercados para a carne

Agência de Notícias do Paraná
12 mar 2016 às 17:42

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A atuação, desde 2012, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem ajudado o Paraná a recuperar mercados para a exportação de proteína animal. As ações do órgão no fortalecimento do controle sanitário e no trabalho para erradicação de doenças como a tuberculose e a brucelose bovinas, a peste suína clássica e a febre aftosa estão entre os fatores que contribuíram com a retomada da venda de carnes a países como a Rússia, Estados Unidos, Irã e Israel, que suspenderam a compra de produtos paranaenses após suspeitas de focos de aftosa e vaca-louca.

Para o diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, as atividades da agência se somam a outros fatores que contribuíram com o aumento do volume de exportação, como melhores condições climáticas e mais investimentos e aprimoramentos na cadeia produtiva. "Mas se não fosse o trabalho rigoroso na sanidade animal e um sistema robusto de defesa agropecuária, o Paraná não conseguiria retomar esses importantes mercados", diz.

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Nono estado em produção de carne bovina no Brasil, o Paraná registrou um crescimento de 116% nas exportações desde 2011, passando de 13,5 mil para 29,4 mil toneladas em 2015. O Estado é, ainda, o principal exportador de frango de corte e o terceiro de suínos no País.

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Apesar de apresentar uma queda na exportação de carne bovina no ano passado, comparado a 2014, a venda ao Exterior voltou a crescer no início de 2016. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), em janeiro e fevereiro deste ano foram exportadas 6,3 mil toneladas de carne de boi, contra 2,5 mil toneladas no mesmo período do ano passado, um crescimento de 152%.

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LIVRE DA PESTE SUÍNA – No próximo mês de maio, o Paraná deve obter a certificação de área livre da peste suína clássica, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O reforço no quadro de funcionários da Adapar, com a contratação de 133 técnicos que passaram em concurso público, e a ampliação da fiscalização com a construção e reforma das barreiras sanitárias foram essenciais para que o Estado alcançasse o status.


O Estado também avança no pleito para se tornar livre de febre aftosa, sem vacinação. Em maio, será realizada mais uma etapa de vacinação e só então haverá uma definição se os procedimentos para a obtenção do reconhecimento serão iniciados. "Esta é uma decisão que precisa ser tomada com maturidade, bom senso e muito diálogo com os setores produtivos", ressalta Kroetz.

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CONTROLE DE AGROTÓXICOS – Além das conquistas na área de sanidade animal, a atuação da Adapar também atinge a agricultura, com uma fiscalização rigorosa na saúde vegetal. Entre as ações está o controle na aplicação de agrotóxicos e a fiscalização do uso do solo agrícola no Paraná para evitar erosões.


"Nosso sistema de monitoramento, que inclui a fiscalização de todos os estabelecimentos que comercializam agrotóxicos, é modelo para outros estados", afirma o diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg. "Nós desenvolvemos um procedimento para agilizar a fiscalização, já que o número de denúncias é elevado. Os comerciantes devem apresentar, todo o mês, o registro de suas vendas", explicou o engenheiro agrônomo.

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Para Riesemberg, o controle rigoroso influenciou no ganho de mercado de exportação do suco de laranja do Paraná, em 2014, depois que os Estados Unidos deixaram de importar de São Paulo por causa de problemas na fiscalização. "Como o Paraná tinha como mostrar o controle feito na aplicação de produtos químicos, tivemos esse ganho", disse.


A Adapar também não liberou a importação do benzoato de emamectina, agrotóxico que é utilizado contra a lagarta armígera, que atinge principalmente a lavoura de soja. Estados como o Mato Grosso do Sul, que liberaram o químico, estão tendo problemas, já que o produto não tem registro no Brasil.

A agência fiscaliza, ainda, os produtores rurais para o manejo correto do solo, com a finalidade de evitar erosões. O agricultor que for responsável pela erosão é notificado pelo órgão e obrigado a apresentar um plano conservacionista. Caso não apresente o plano, ele é autuado pela agência.


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