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Aumentam mortes por meningite em Curitiba

Andréa Lombardo - Folha do Paraná
12 set 2001 às 11:34

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O número de mortes em Curitiba por complicações decorrentes da meningite meningocócica (inflamação da membrana que envolve o cérebro) dobrou em relação ao ano passado. Do começo do ano até ontem, a Secretaria Municipal de Saúde havia contabilizado 15 óbitos entre os 59 casos da doença registrados na Capital –a maioria crianças com menos de cinco anos de idade. No mesmo período de 2000, 48 pessoas desenvolveram a doença, que acabou causando sete mortes.
Curitiba responde por mais da metade dos casos de meningite meningocócica registrados no Paraná. Do início do ano até agora, a Secretaria Estadual da Saúde aponta a ocorrência de 116 casos em todo o Estado.
Para a médica Betina Mendez Alcântara Gabardo, coordenadora da Vigilância Sanitária Epidemiológica da Secretaria de Saúde, o número de casos não chega a chamar a atenção. "Está dentro da média de anos anteriores", afirmou. No entanto, o que preocupa, segundo a médica, é o aumento da letalidade, que ela atribui à evolução da bactéria causadora da doença –o meningococo B.
Betina explica que a infecção provocada por esta bactéria se apresenta sob três formas –meningite, meningococcemia e meningite e meningococcemia associadas. A médica considera a meningococcemia a mais grave e é essa forma da doença que está predominando em Curitiba. "Nesses casos, a bactéria invade a corrente sanguínea, atingindo vários órgãos, e causa infecção generalizada."
Além de febre e cefaléia –comuns à meningite–, a meningococcemia apresenta como sintomas, também, pequenas manchas avermelhadas (petéquias), que se espalham pelo corpo. Em um estágio mais avançado da doença podem aparecer as chamadas sufusões hemorrágicas (manchas maiores na pele). A meningococcemia pode evoluir rapidamente, por isso, o diagnóstico precoce é importante.
Betina informou que nas crianças menores de um ano, um dos sintomas bastante característicos da meningite –que é a rigidez na nuca– não são percebidos e, nem sempre, a criança apresenta febre. Por isso, ela aconselha as mães a ficarem atentas para alterações como irritabilidade ou sonolência. Havendo sintomas sugestivos, as crianças devem ser encaminhadas o quanto antes para atendimento médico.
Como medidas preventivas, a Secretaria Municipal de Saúde está orientando a direção dos hospitais de Curitiba a ficar em alerta para o diagnóstico precoce da doença. As creches e escolas também estão recebendo orientação. A principal recomendação é manter os ambientes sempre bem arejados.
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