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Brasil pede paz no mundo

Redação - Folha do Paraná
24 set 2001 às 08:59

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Menino vestido com roupas árabes e bandeira dos EUA participa da passeata pela paz em São Paulo
- France Presse
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O domingo no Brasil foi marcado por uma série de manifestações contra a possível guerra declarada pelos Estados Unidos depois dos atentados terroristas do último dia 11. Em Brasília, centenas de pessoas compareceram a uma passeata pela paz mundial.
Entre os participantes da passeata, muitas crianças, jovens, ambientalistas, pais, esportistas, professores, religiosos de vários credos e representantes do corpo de Bombeiros do Distrito Federal. A maioria estava vestida de branco e carregava faixas e bandeiras com apelo para o fim da violência e o início de uma flexibilidade maior das nações.
Em São Paulo, cerca de 7 mil pessoas participaram do ato ecumênico "São Paulo pede paz", no Parque do Ibirapuera. O ato, que começou às 10h30, teve a participação de autoridades governamentais, parlamentares, lideranças religiosas e artistas, entre as quais o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin(PSDB) e a primeira- dama Maria Lúcia Alckmin, a prefeita da cidade Marta Suplicy (PT), o arcebispo metropolitano, Dom Claudio Hummes, o rabino Henri Sobel, o presidente em exercício do PT, deputado José Genoíno e o cantor Gilberto Gil.
Vários representantes das religiões predominantes no Brasil discursaram a favor da paz e repudiaram a violência dos atos terroristas e o preconceito entre os povos, suas culturas e religiões.
Londrina também iniciou, ontem, com apresentações musicais no Zerão, a Semana da Paz. Criada através de uma lei municipal, a semana promove até o próximo domingo exposições itinerantes com trabalhos de escolas municipais e palestras abertas a comunidade sobre paz e violência. A comemoração pela paz deve acontecer todo ano no início da primavera. No domingo, a semana será encerrada com um culto ecumênico, com Bandas Gospel, Carismáticas e Rap, também no Zerão, a partir das 17h30.
Nos Estados Unidos, a recompensa pelo maior suspeito dos atentados terroristas, Osama Bin Laden, aumentou de 5 milhões para 25 milhões de dólares. "Vinte e cinco milhões de dólares representam uma soma importante e acho que deve ser suficiente para motivar alguém no Afeganistão para nos dar informações", disse o secretário de estado Colin Powell.
Enquanto isso, no Afeganistão, a ditadura militar e religiosa do Taleban continua afirmando que não sabe do paradeiro de Bin Laden. O movimento faz uma campanha para que os países da região não apóiem os Estados Unidos e no caso de guerra, que parece cada dia mais próxima, haja cooperação e suporte militar aos afegãos. No final de semana, o Taleban afirmou ter derrubado outro avião "não identificado", que seria um avião-espião norte-americano não tripulado. O avião, derrubado na região de Samangan, norte do país, possivelmente estaria sendo empregado pela CIA, a Agência Central de Inteligência dos EUA, que já usou modelos semelhantes na Bósnia.
O grupo de oposição ao governo aproveita as ameaças de ataque norte-americano para enfraquecer a força majoritária do país. Um dos líderes da oposição chegou a afirmar que Bin Laden estaria entre as montanhas no sul do país.
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