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Brasileiros reabrem Ponte da Amizade

Alexandre Palmar
21 set 2001 às 19:48

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Imagem da ponte hoje à tarde -
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A Ponte da Amizade (Brasil/Paraguai) foi reaberta para passagem de pedestres e veículos após quatro dias de protestos de brasileiros contra as expulsões de estrageiros que trabalham ilegalmente em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu. A reabertura ocorreu após o enfraquecimento da mobilização. A travessia deve ser liberada até segunda-feira, porém setores do manifesto dizem que irão fechá-la novamente.
A resistência diminuiu logo pela manhã, quando sacoleiros pressionaram os manifestantes exigindo a liberação da passagem. Minutos depois, foi a vez dos mototaxistas pressionarem aqueles que tentavam manter a barreira, mesmo debaixo da chuva registrada na cidade. Os motoqueiros alcançaram o objetivo, liberando a passagem de todos veículos ao meio-dia.
A dissolução do bloqueio irritou alguns organizadores do ato que pretendiam manter o fechamento. Houve discussão entre os líderes do movimento (funcionários retirados das lojas paraguaios, sindicalistas, professores e servidores).
À tarde, organizadores do protesto, dois deputados estaduais da região, o vice-prefeito de Foz, Claudio Rorato (PMDB), vereadores e autoridades brasileiras e paraguaias ligadas a órgãos federais participaram de uma reunião na Câmara Municipal. Os participantes decidiram suspender a interdição da ponte caso o governo paraguaio "afrouxe" a fiscalização sobre os brasileiros ilegais na próxima semana.
Os constantes bloqueios da Ponte da Amizade resultaram em prejuízos para comerciantes e exportadores da fronteira. Dados extra-oficiais apontam perdas na ordem de R$64 milhões somente com a suspensão das vendas em Ciudad del Este, segundo Charif Hammoud, presidente do Centro de Importadores e Comerciantes de Alto Paraná (Cicap), entidade que representa estabelecimentos comerciais paraguaios.
O episódio também afetou a Central de Abastecimento (Ceasa) de Foz, onde os prejuízos chegaram a cerca de R$ 1,9 milhão com o cancelamento de exportações de hortifrutigranjeiros destinadas ao país vizinho. Prejudicou ainda o recolhimento de impostos por parte da Receita Federal. O Bonde não obteve números sobre as perdas da balança comercial.
Especial: veja a galeria de fotos das manifestações
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