O município de Cambé vai abrir consulta pública sobre as condições de saneamento básico do município para mapear a opinião da população sobre assuntos como água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem urbana, para que as informações possam compor a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico.
O questionário pode ser acessado em https://forms.gle/ueWx81WEHyi3tqz16 e não é necessário se cadastrar ou se identificar. O plano é uma exigência da Lei 11.445, de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para as condições de saneamento básico dos municípios.
Roberta Queiroz, secretária de Assuntos Jurídicos do município, afirma que é muito importante trazer a perspectiva da população no que diz respeito ao saneamento básico, já que isso afeta diretamente a qualidade de vida dela. Um dos principais tópicos abordados diz respeito aos resíduos que são gerados por todos os setores da sociedade, ressaltando que isso é de responsabilidade coletiva. “As soluções para esse problema devem integrar toda a comunidade, tanto a população e a administração pública quanto a indústria e o comércio, já que todos nós produzimos os resíduos, então é nossa responsabilidade destinar ele da forma mais adequada”, explica.
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O questionário é dividido em cinco partes: a primeira é a apresentação, com dados básicos como idade, renda e bairro de residência; a segunda parte é sobre a qualidade da água da cidade e as tarifas que são cobradas pela concessionária; a terceira é sobre o esgoto; a quarta parte sobre a drenagem urbana, problemas de alagamento, descarte irregular de resíduos nos bueiros e a qualidade das estradas rurais; a quinta é sobre a limpeza pública, levando em conta a separação do lixo e a possibilidade de lixeira coletivas nos bairros; além de um espaço destinado aos apontamentos da população sobre qualquer um dos temas relacionados ao saneamento básico.
Para fazer todo o estudo sobre a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de Cambé, assim como a pesquisa, foi feito um contrato de prestação de serviço com o Itedes (Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Social), que é vinculado à UEL (Universidade Estadual de Londrina), e será feito por uma equipe multidisciplinar, composta de engenheiros, arquitetos, geógrafos, entre outros. “Essa pesquisa que foi desenvolvida pelo instituto, além de nos ajudar a fazer um diagnóstico da cidade, também vai nos auxiliar com um prognóstico, ou seja, vamos saber as predisposições da população em cumprir com a parte que é de responsabilidade dela”, explica Queiroz.
Ela ressalta que projetos pilotos podem surgir ou serem aperfeiçoados a partir dessas informações, como as lixeiras coletivas nos bairros e a compostagem, que é feita com resíduos orgânicos e distribuída entre as hortas comunitárias da cidade.
A secretária também destaca que, periodicamente, são feitas revisões no Plano Municipal de Saneamento Básico, já que isso permite adequar o plano à situação atual da cidade. Além desse, o município também conta com Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos e prevê a criação de outros dois: Plano Municipal de Recursos Hídricos e o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. “Como forma de incentivar e beneficiar os municípios que se preocupam com as questões ambientais, são ofertados fundos específicos e linhas de crédito para as cidades que aderem a esses projetos de saneamento básico”, detalha.
De acordo com a secretária, os temas acerca do saneamento básico e do descarte de resíduos sólidos são complexos e precisam ser discutidos entre toda a sociedade. “Por isso é essencial que a gente ouça a população e debata com ela ações, dessa forma vamos definir ações que beneficiem todos nós”, finaliza.