Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Espécie ameaçada

Cerca de 80% das tartarugas marinhas mortas no Litoral do Paraná têm lixo no trato intestinal

Redação Bonde com assessoria de imprensa
15 mai 2017 às 09:18

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Cerca de 80% das tartarugas marinhas encontradas mortas no Litoral do Paraná têm lixo no trato intestinal. Apenas nos últimos dez anos, foram encontradas mais de quatro mil tartarugas mortas na região - cerca de mil somente no último ano. O Paraná é uma das regiões do planeta com maior incidência deste problema, no caso da tartaruga-verde (Chelonia mydas), espécie ameaçada de extinção comum no Litoral do Estado e característica dos mares tropicais e subtropicais.

A denúncia foi feita por biólogos do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) de Mamíferos e Répteis Marinhos do Centro de Estudos do Mar da UFPR (CEM) e do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Exames de raios-x
Na última sexta-feira (dia 12), os técnicos submeteram duas tartarugas-verdes que estão no Centro de Reabilitação Temporário do CEM a exames de raios-x, em uma clínica de Curitiba. O objetivo foi verificar se o lixo ingerido pelos animais causou algum problema interno e se ainda existem resíduos deste material no seu trato intestinal. O diagnóstico auxiliará a equipe na tomada de decisão sobre o melhor tratamento a ser adotado nas tartarugas que, depois, serão devolvidas ao mar.

Leia mais:

Imagem de destaque
Conquista

Do CEEBJA à universidade: idosos de Londrina comemoram vaga no ensino superior

Imagem de destaque
Grandes volumes de chuva

Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda

Imagem de destaque
Última chance

Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira

Imagem de destaque
Noroeste

Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola


O maior animal, com idade entre cinco a oito anos, defecou lixo. Ele foi encontrado na Ilha do Mel há três dias por pescadores que acionaram o Centro de Reabilitação Temporário do CEM para resgatá-lo e tratá-lo. Já a menor tartaruga, com cerca de dois anos de idade, estava debilitada. "Ela estava bem marga e se movimentando pouco", explica o veterinário Marcílio Altoé, do CEM.

Publicidade


Lixo prejudica animais


De acordo com a gerente do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, Liana Rosa, embora o Litoral do Parana seja bem preservado, muitas tartarugas ingerem o lixo despejado pelas pessoas nas praias. Os mais comuns são tampas de garrafa PET, hastes flexíveis com algodão nas pontas (cotonetes) e balões infláveis (do tipo usado em festas de aniversário). O problema ocorre porque estes produtos geralmente são envoltos pelo chamado "biofilme" (comunidades de bactérias), ganhando aparência e gosto semelhantes a um dos alimentos consumidos pelas tartarugas - as algas marinhas (as tartarugas jovens comem invertebrados).

A coordenadora do LEC e do PMP/BS, Camila Domit, explicou que a morte dos animais pode ocorrer não diretamente pela ingestão de lixo tóxico, por exemplo. "O animal pode morrer porque não consegue se alimentar direito", disse. Na última semana, um grupo de cinco tartarugas desta espécie foram tratadas e devolvidas ao mar no município de Pontal do Paraná, no Litoral do Estado. Adulta, a tartaruga-verde mede até 1,2 metro (apenas de carapaça) e chega a pesar cerca de 150 kg. Ela só começa a se reproduzir aos 25 anos.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo