Apesar da chuva forte e do anúncio de que as tarifas vão diminuir na capital, aproximadamente 3,5 mil pessoas participaram nesta quinta-feira (20) do quarto protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Curitiba. O protesto foi marcado pela divisão dos manifestantes entre os que são contra e a favor da participação de membros de partidos políticos.
Os manifestantes saíram mais uma vez da Boca Maldita onde, após algumas discussões, se dividiram por causa das divergências entre a participação de membros de partidos. Mesmo assim, todos acabaram a manifestação em frente à prefeitura de Curitiba. Alguns membros se muniam de pedras e foram registrados confrontos entre os manifestantes em frente ao Palácio Iguaçu.
Apesar da queda da tarifa em R$ 0,15, os manifestantes ainda defendem que o movimento continue com mais reivindicações, inclusive outras que envolvem a tarifa e o transporte público. Para o zootecnista Carlos Alexandre Demeterco, a queda representa somente uma parte da luta. "Continuar cobrando a redução para R$ 2,60 é uma forma de não deixar o movimento morrer. Mas o grupo ainda carece de organização".
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A estudante universitária Bárbara Carolina Ratier da Silva critica o uso de verbas de outras áreas para compensar a queda na tarifa. Para ela, os manifestantes precisam reivindicar que isso acabe. "Uma coisa não deveria substituir a outra".
Partidos - A divisão dos manifestantes em dois grupos, após discussões entre os membros sobre a participação de partidos, deixou mais clara a rivalidade entre os grupos. O editor de filmes João Barreto diz que está cada vez mais cristalizada esta divisão, mas o foco deve ser lutar por serviços públicos mais justos. "Nós temos que pedir mudanças mais concretas, para a não utilização de serviços como transporte, saúde e educação para conquistar lucro".

Rapaz usa cartaz para se manifestar contra a participação de partidos nas manifestações