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Após estiagem

Chuvas intensas das últimas semanas prejudicam agricultura no Norte do Paraná

Heloísa Gonçalves - Especial para a Folha
08 fev 2025 às 11:20

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Jose Fernando Ogura/AEN
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O norte paranaense tem enfrentado fortes chuvas nas últimas semanas, com recorrentes alertas de perigo sendo emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). As tempestades, precedidas de um longo período de estiagem no início de janeiro, estão causando prejuízos aos agricultores de Londrina e região, principalmente os focados em culturas produzidas a céu aberto.


André Luiz Varago, engenheiro agrônomo que atua nas Ceasas (Centrais de Abastecimento) de Londrina e Maringá, informou à FOLHA que as hortaliças folhosas são as que mais estão sofrendo com o clima, como alface, almeirão, couve-manteiga, rúcula, salsinha e cebolinha. “Como estes cultivos estão expostos às chuvas, a umidade em excesso faz com que aumente a incidência de podridões e manchas foliares, aumentando as perdas”, elucidou.

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Em sua avaliação, “a menor irradiação solar nos períodos chuvosos reduz a velocidade de maturação dos hortifrutis, tanto daqueles produzidos em campo aberto, quanto dos cultivados em estufa, como o tomate, por exemplo. Logo, diminui o volume colhido e, consequentemente, há uma tendência de subir os preços”.

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Segundo o engenheiro, o comércio continua estável mesmo com os prejuízos recentes, mas “quase todas as folhagens tiveram uma sensível elevação dos valores”. Varago garantiu que não há risco de desabastecimento na Ceasa Londrina, pois “a disponibilidade dos hortifrutis na região é boa e as empresas permissionárias instaladas na unidade podem trazer produtos de outras regiões e Estados do Brasil, mantendo a oferta das mercadorias".

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Prejuízo


Produtor rural há mais de 40 anos, Eliel dos Santos Silva é dono do sítio Tapera da Lagoa, localizado no Patrimônio Selva, na zona sul de Londrina. De sete hectares e meio disponíveis para plantio, a maioria abriga mais de vinte tipos de hortaliças, como brócolis, alface, rúcula, espinafre, repolho, rabanete, salsinha, cebolinha, coentro e almeirão.


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Considerando a recente estiagem prolongada enfrentada pelos agricultores, seguida de fortes chuvas constantes, o verdureiro perdeu de 50% a 70% de sua produção, somando um rombo financeiro em torno de R$ 30 mil. “Ultimamente a gente estava tendo uma seca aqui, que estava até secando minha represa. Agora está transbordando água e não tem como fazer nada. Não tem como carpir, é tudo manual, e as verduras começam a apodrecer”, lamentou o proprietário.


A dificuldade se estende para a mão de obra hábil a realizar os processos agrícolas, levando em conta o plantio, colheita e venda. À FOLHA, Silva explicou que não tem como preparar canteiro, nem colocar maquinário. “As pragas começam a atacar e não tem como passar um preventivo. O prejuízo se alastra e falta mão de obra também”. Comentou ainda que “mesmo pagando bem, se está chovendo o pessoal não quer trabalhar”.

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O ofício realizado no sítio Tapera da Lagoa é familiar, feito com auxílio de alguns ajudantes contratados. Já as vendas se concentram em entregas para sacolões, mercados e frutarias, com uma parte destinada à merenda escolar e à Ceasa Londrina. O gasto de Eliel com combustível soma R$ 600 a R$ 700 semanalmente.


Com o acúmulo de perdas, Eliel dos Santos Silva afirmouque vê muitos lavradores desistindo do ramo das hortaliças e “se entregando para a soja e milho, que planta com o maquinário e pronto”. Noção confirmada pelo engenheiro agrônomo André Varago, que considera que o produtor rural vai continuar plantando independentemente das condições climáticas. “Pode ser que atrase um pouco os plantios, reduzam a área cultivada ou alterem as culturas produzidas”.


O profissional também avaliou que as chuvas não causaram somente malefícios, uma vez que, após o período de seca, as precipitações pluviométricas vêm contribuindo para aumentar a umidade do solo e os níveis dos cursos d’água, reservatórios e represas, favorecendo a irrigação dos cultivos.


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