Cinco acusados de tortura, racismo e tentativa de homicídio contra um camaronês em um navio de bandeira maltesa vão a júri popular na cidade de Paranaguá. Eles foram pronunciados pela Justiça Federal em decisão do último dia 29 de setembro, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
O MPF pediu o julgamento de 19 tripulantes do navio. A Justiça, entretanto, determinou que apenas cinco sejam julgados. Dentre os suspeitos, Orhan Satilmis irá a júri pelos crimes de tortura, discriminação e preconceito de raça e por tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil, com emprego de tortura. Caso seja condenado às penas máximas, poderá pegar 41 anos de prisão, além de multa.
Os suspeitos Ramazan Ozdamar, Ihsan Sonmezocak, Mamuka Kirkitadze e Zafer Yildirim serão julgados pelo crime de tentativa de homicídio multi-qualificado, com pena que pode chegar até 30 anos de prisão.
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Todos são acusados pelos crimes que teriam ocorrido em julho, em uma viagem que começou no litoral de Camarões, na África, até passar por águas brasileiras, na altura do Porto de Paranaguá, no Paraná. De acordo com a denúncia do MPF, o camaronês Odobo Happy Wilfred teria ingressado clandestinamente no navio maltês em 16 de julho.
Ele se escondeu por oito dias quando, sem água e comida, apresentou-se aos demais tripulantes. Wilfred acusa os membros da tripulação de o terem agredido e pronunciado palavras de discriminação racial. No dia 27 de julho, os tripulantes teriam jogado o camaronês ao mar, amarrado a um estrado de madeira.