O comando de greve das universidades estaduais espera contar com o apoio da vice-governadora Emília Belinati (PFL) nas próximas conversas com o governo do Estado para pôr fim à paralisação de professores e servidores, que completou 128 dias nesta terça-feira.
Em reunião na manhã de hoje no Palácio Iguaçu, em Curitiba, Emília se comprometeu a atuar como mediadora, mas deixou claro para os representantes do comando que qualquer negociação terá que ser feita diretamente com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig. A reunião não teve nenhum resultado prático mas foi considerada positiva pela presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Superior de Maringá, Ana Estela Codato.
À tarde, os representantes do comando de greve se reuniram com o deputado estadual Hermas Brandão (PSDB), na tentativa de buscar apoio, também, do presidente do Legislativo. Os grevistas saíram do encontro, que durou cerca de meia hora, com a informação de que o governo não precisa esperar o retorno dos trabalhos na Assembléia Legislativa, no dia 18 de fevereiro, para protocolar o projeto de lei propondo alterações no Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) das instituições.
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O comando, no entanto, insiste que o governo defina um montante de recursos que seriam destinados aos reajustes do PCCS. Professores e servidores das universidades estaduais pediam reajuste de 50,03%. A proposta do governo foi de flexibilizar o orçamento para readequar o PCCS, beneficiando mais quem ganha menos.
Os advogados do comando de greve prometem entrar com recurso junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª região, em Porto Alegre (RS), contra a liminar concedida na segunda-feira pelo juiz federal substituto da 2ª Vara Federal, em Londrina, Dineu de Paula. A ação determina o retorno às atividades de pelo menos 75% dos docentes e servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Segundo o comando de greve, outra ação, protocolada por um estudante da UEL, pedindo o retorno de pelo menos 30% dos servidores, foi indeferida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.
* Leia mais na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina.