O governo do Estado pediu mais um voto de confiança para o comando de greve das universidades estaduais do Paraná e pede uma trégua na paralisação. A volta às aulas seria a única condição para que o governo aceite negociar as propostas da categoria, que continua irredutível.
Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ramiro Wahrhaftig, caso os servidores estaduais não suspendam a greve até o final do mês, não haverá negociação. ''Não há condições de oferecermos índice de reajuste nesse momento'', afirma o secretário.
Ele se reuniu nesta quarta-feira, no prédio da secretaria, em Curitiba, com seis integrantes do comando de greve das universidades estaduais. No final do encontro, que durou pouco mais de duas horas, a única certeza - tanto por parte do governo quanto dos grevistas - era de que o impasse nas negociações iria continuar. ''O governo está se comprometendo a estudar as propostas, mas é preciso crédito por parte da categoria'', alertou Wahrhftig.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná (Sinteoeste) e uma das lideranças do comando de greve, Luiz Fernando Reis, enfatizou que dificilmente a proposta de trégua feita pelo governo será aceita. ''Nenhuma categoria suspende uma greve sem haver uma proposta'', justifica. Ainda assim, a categoria se reúne amanhã às 15 horas para discutir o posicionamento do governo.
A greve é a mais longa da história do Estado e o governo ameaça entrar com uma ''avalanche de ações'' contra os sindicatos caso a categoria não retorne ao trabalho. Segundo o secretário, a sociedade está sendo prejudicada e alguém deve ser responsalibizado. Reis entende que a ameaça é um mecanismo de pressão. ''Estamos amparados judicialmente. A greve é legal'', garante.
* Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina.