Quase duas semanas após a tragédia, a costelaria na área central de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) reabriu na noite de quarta-feira (7). No dia 27 de julho, uma caminhonete desgovernada invadiu a calçada e atropelou quatro pessoas da mesma família que confraternizavam em uma mesa na entrada, que ficou destruída. Rosana Fávaro, 45, e Sofia Caroline, 20, mãe e filha, morreram na hora. O marido, Edson Mariano, e o primo, Roberto Fávaro Ledo, 58, sobreviveram.
A retomada dos trabalhos do estabelecimento foi marcada por muita emoção e homenagens. Dois balões, com os nomes de Rosana e Sofia, foram soltos e um texto lembrando a trajetória das duas foi lido. Elas moravam em Novo Horizonte do Norte (MT) e estavam no Paraná visitando parentes. Em seguida, um padre deu a bênção no local exato onde as vítimas estavam e também na parte interna.
“É um momento especial. Passamos por uma reinauguração há quatro meses, após longo período de reformas, mas aconteceu essa situação inesperada. Aos poucos estamos nos recuperando”, afirmou o empresário Rodrigo Piccin. “Demos um tempo para entrar um pouco nos trilhos, sentir o psicológico de todos, se preparar bem. É um recomeço e nos sentimos um pouco felizes pela oportunidade de estar vivenciando isso, que é nosso sonho”, definiu.
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Rodrigo é genro de Roberto e proprietário da costelaria junto com a namorada. “Queremos fazer esse recomeço de forma leve. Vamos de maneira gradual, em respeito a tudo o que aconteceu, já que dinheiro não é tudo”, frisou, pontuando que o local é a fonte de renda de muitas famílias. “Nossa equipe cresceu muito após a reforma. É um ambiente em que nós e os colaboradores dependem. Importante estar de volta para seguir a vida”, refletiu.
Para os moradores da cidade a volta das atividades é sinal de esperança. "Vai ser uma bênção abrir novamente. Aqui tinha bastante movimento e tomara que continue assim", comentou a aposentada Jeanete Clemente.
Estado de saúde
Na tarde de quarta, Edson Mariano recebeu alta do hospital Evangélico de Londrina. Ele teve a perna direita amputada e foi transferido para a cidade de Icaraíma (Noroeste), onde a filha mais nova mora. Já Roberto Fávaro Ledo saiu do HU (Hospital Universitário) no último sábado (3). O sobrevivente, que sofreu lesões gravíssimas nos órgãos abdominais, segue a recuperação em Ibiporã, junto da família.
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