Os turistas que utilizarem a Estrada da Graciosa nesta temporada vão encontrar novidades nos sete recantos existentes ao longo da rodovia. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela conservação da estrada, realizou nos últimos dias a completa reforma de 40 churrasqueiras. Nos serviços, foram investidos R$ 8,6 mil.
O secretário dos Transportes, Rogério W. Tizzot, explicou que o Governo do Paraná aplica todos os anos mais de R$ 57 mil em serviços de manutenção dos recantos.
"É um trabalho constante. São serviços de roçada, manutenção da estrutura que abastece os recantos com água, coleta do lixo, limpeza e higienização dos sanitários", detalhou Tzzot. "É uma iniciativa para deixar a Estrada e suas áreas de lazer preparadas para receber melhor os visitantes", completou.
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Segundo a programação do DER, até o final de dezembro, as outras 40 churrasqueiras que estão espalhadas pelas áreas públicas de lazer devem passar pelos mesmos serviços.
O secretário lembrou que com a temporada o movimento de pessoas começa a se intensificar e as obras e serviços são necessários devido à alta rotatividade de pessoas.
As equipes do DER relatam que aos finais de semana, famílias chegam aos recantos da estrada centenária às 6 horas da manhã. Três horas mais tarde, já não há churrasqueiras vagas.
História – A Estrada da Graciosa começou a ser construída em 1854, ano da emancipação da Província do Paraná. Com 28,5 quilômetros de extensão, a via utiliza os antigos traçados da Trilha da Graciosa e do Caminho da Graciosa.
Até a metade do século 20, a Estrada da Graciosa era a única estrada pavimentada em todo o território do Estado do Paraná. A economia paranaense dependeu por um longo tempo desta estrada. Por ela passavam caminhões carregados de madeira, mate e café com destino ao Porto de Paranaguá.
A estrada servia também como via de acesso ao Litoral a famílias de todo o Estado durante a temporada de verão. Ainda hoje os remanescentes históricos da trilha e do caminho podem ser observados por quem passeia pela Graciosa. São trechos de calçamento encontrados ao largo da estrada e ruínas históricas que contam um pouco da história da colonização e do desenvolvimento do Paraná.
Além de seu valor histórico cultural, a Estrada da Graciosa está inserida em um dos últimos remanescentes da Floresta Atlântica do Brasil. Por sua importância, a via recebeu reconhecimento especial com a criação da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi, em 1984.