Muito embora muitos desenvolvedores de vírus de computador prefiram ostentar abertamente suas atividades ou deixar "cartões de visita", as autoridades responsáveis pela imposição das leis enfrentam grandes dificuldades para identificá-los.
O rastreamento dos autores de pragas virtuais do tipo "worm" (ou "minhoca", série de códigos inserida em outros programas e que se dissemina através de redes) frequentemente é um terreno exclusivo para os especialistas em segurança computacional.
Mas os criminosos quase sempre deixam pistas um tanto óbvias referentes às suas identidades, de modo que somente é necessário que alguém observe estas pistas e alerte as autoridades responsáveis. Por exemplo, os autores israelenses do vírus Goner foram identificados em virtude de um código que creditava tal vírus a um certo "Pentagone", a mesma identificação de usuário que era utilizada num canal de IRC (que utiliza um programa específico de chat pela internet).
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O Centro Americano de Proteção à Infra-estrutura Nacional ("National
Infrastructure Protection Center" - NIPC), vinculado ao FBI, costuma
solicitar aos usuários de computador que sempre lhe comunique quando
detectar alguma manifestação de vírus em seu equipamento.
Debra Weierman, do proprio NIPC, reconhece que tais comunicações são muito
pouco frequentes. Ela acredita que os empreendimentos privados têm muito
receio da publicidade negativa que possa ser gerada por estes comunicados,
ao passo que os usuários domésticos não consideram que um simples vírus de
computador justifique o esforço de se contatar o FBI.
Por outro lado, as agências de imposição das leis tendem a somente procurar tais desenvolvedores de vírus quando eles provocam prejuízos significativos,
mas a ausência de um procedimento legal específico possibilita que os responsáveis localizados acabem escapando de sentenças mais severas.
(Traduzido por Edupage-P - Rede Nacional de Pesquisas)