O ortodontista Jaime Bomfim Bettega, 41 anos, é o primeiro paciente de diabetes tipo 1 no Brasil a experimentar a insulina pela inalação. Ele está fazendo parte de uma pesquisa internacional que vai verificar a eficácia do produto em 70 centros instalados na Alemanha, Canadá, México, Argentina, Brasil e Estados Unidos. A primeira pesquisa com o produto foi realizada há três anos em 1,4 mil diabéticos.
A intenção agora é verificar se o produto pode causar problemas pulmonares nos pacientes. A pesquisa é totalmente financiada pelo Fundo Administrativo de Drogas (FDA) e vai durar dois anos e meio. No Brasil, seis centros foram selecionados para realização da pesquisa: Escola Paulista de Medicina, Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Centro de Diabetes de Curitiba (CDC).
A insulina é aplicada nos pacientes através da via subcutânea. Há uma semana, Jaime tem experimentado a inalação e aprova os resultados obtidos até agora. ''É prático de usar, me sinto melhor, mais bem disposto. Posso usar em qualquer momento, inclusive andando. É muito mais cômodo'', analisou o paciente, que tem a doença há 17 anos. Como ele, outros 20 pacientes paranaenses deverão participar da pesquisa.
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O diabetes tipo 1 atinge 10% da população com a doença, que é diagnosticada geralmente em crianças ou adultos jovens. Este é o tipo de diabetes mais complicado, porque as células que produzem insulina no pâncreas são completamente destruídas e não existe outra alternativa de sobrevivência do doente se não for pela reposição da insulina no corpo.