O ex-prefeito de Curitiba e ex-ministro da agricultura Ivo Arzua Pereira morreu na noite deste domingo (9), aos 87 anos. Ele sofreu um infarte fulminante quando estava na casa da família, na capital paranaense.
Prefeito entre 1962 e 1967, o administrador e engenheiro civil foi o criador do plano diretor da cidade e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Entre as suas realizações estão o alargamento da avenida Marechal Deodoro e a criação da vila de casas populares Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Arzua assumiu o Ministério da Agricultura em 1967, a convite do presidente Arthur da Costa e Silva, e permaneceu até 1969, com a posse do general Emilio Garrastazú Medici. Foi um dos 19 que assinou o Ato Institucional nº 5 (AI-5).
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Com o endurecimento do regime e das práticas de tortura, porém, declarou ter sido voto vencido na reunião do AI-5 e se mostrou favorável à convocação de uma Assembléia Constituinte, como mostra o livro "A Ditadura Envergonhada", do jornalista Elio Gaspari .
Ivo Arzua Pereira publicou oito livros sobre diferentes temas, entre eles "Com Licença , Senhor Candidato", de 1983, "A Epopéia das Misericórdias", de 1993, e "No Século XXI e no III Milênio, Há Que Continuar Semeando ", de 2001.
Natural de Palmeira, era casado com Maria Helena e deixa quatro filhos: Plínio Luiz, Regina Elisabeth, Sérgio Luiz e Elaine Maria, além de 11 netos e quatro bisnetos.
O atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), e o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), decretaram luto oficial por três dias. "Ivo Arzua deu início a algumas das grandes transformações que mudaram a fisionomia urbana da capital paranaense", disse Richa. "Foi um grande gestor e, como homem público, deixou um legado de austeridade, ética e transparência. Um modelo para nós", completou o governador.
O velório de Ivo Arzua ocorre no Cemitério Municipal de Curitiba e o sepultamento está marcado para as 17h no mesmo local.