Os fiscais federais agropecuários de Curitiba e cidades vizinhas distribuem nesta quinta-feira (6), desde o meio-dia, três toneladas de frango em frente à Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) da capital.
A ação acontece na rua José Veríssimo, 420, no bairro Tarumã, e tem como objetivo pedir mudanças na gestão do Mapa no Estado.
Essa é a terceira manifestação do gênero que acontece em agosto. Nos dias 17 e 21, respectivamente, mil litros de leite e 11 toneladas de laranja foram distribuídos à população no mesmo local.
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Segundo o delegado do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Ailton Santos, essa é uma ação em prol do serviço público de qualidade. "Queremos um trabalho de fiscalização sem gerência política, com meritocracia, onde os cargos sejam preenchidos dentro de critérios técnicos", afirmou.
Na última quinta-feira (31), cerca de 70 servidores já tinham se reunido no local para pedir a saída do superintendente, Daniel Gonçalves Filho, e uma melhor estruturação dos serviços. Na ocasião, eles fecharam os portões de acesso do Mapa, para evitar a entrada e saída de funcionários.
O superintendente adjunto e chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa no Paraná, André Parra, criticou o protesto dos fiscais, o qual chamou de motim. "Esse é um protesto liderado por quatro ou cinco, que aproveitaram o fim da greve para iniciar um movimento pedindo a saída do superintendente e de toda a diretoria. O que eles querem são os cargos, as chefias no serviço, o comando. Em outras palavras, além de comandar a Anffa Sindical nacionalmente, querem comandar o Ministério da Agricultura", afirmou.
Parra falou que o ministro Mendes Ribeiro está ciente da situação e que tomará as atitudes necessárias para punir os atos de insubordinação. "Somos 800 funcionários, sendo que 20 ou 25 estão aqui. Em vez de trabalhar pelo progresso do agronegócio no nosso país, ficam perturbando a ordem", disse. De acordo com ele, Gonçalves Filho continuará no cargo porque, "nas palavras do ministro, é o melhor superintendente do Brasil".
O protesto desta quinta-feira não tem relação direta com a greve dos trabalhadores, encerrada na semana passada. O acordo com o governo, aprovado em assembleia no dia 28, prevê a remuneração na forma de subsídio, com a incorporação aos salários das gratificações e vantagens.