O Governo do Estado anunciou nesta terça-feira (20) - celebrando o Dia Mundial das Abelhas - que irá extender o alcance do projeto Poliniza Paraná para o Jardim Botânico de Londrina e outras dez UC (Unidades de Conservação) - sob a administração do IAT (Instituto Água e Terra). Atualmente, já contando com dez espaços, serão implementadas, no total, 87 novas colônias de abelhas nativas sem ferrão, com investimento estimado de R$ 92 mil.
A proposta consiste na construção de jardins com colmeias para criação de abelhas nativas sem ferrão. O objetivo é promover a conservação da biodiversidade por meio da polinização – processo que garante maior qualidade e produtividade a frutos e grãos. A ação integra o programa Paraná Mais Verde, uma parceria da Sedest (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável) com o IAT.
“Uma ótima notícia para o Paraná: teremos mais verde e mais doçura no nosso Estado com a instalação de casinhas de abelhas, ou meliponários, em mais Unidades de Conservação, multiplicando as abelhas nativas e os cuidados com a fauna. Um programa que deu muito certo na Prefeitura de Curitiba e que estamos reproduzindo no Paraná”, disse o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.
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A ampliação do projeto vai contemplar nesta fase os parques estaduais Mata São Francisco (Santa Mariana), Ibiporã (Ibiporã), Rio da Onça (Matinhos), Pico do Marumbi (Morretes), Amaporã (Amaporã), São Camilo (Palotina), Vitório Piassa (Pato Branco), Serra da Baitaca (Quatro Barras), Área de Relevante Interesse Ecológico do Buriti (Pato Branco) e Floresta Estadual do Santana (Paulo Frontin), além do Jardim Botânico de Londrina.
“Vamos destinar 77 unidades para essas 11 UCs, com distribuição de sete colônias para cada uma. Outras dez unidades são destinadas à reposição em meliponários (caixas de madeira em que as abelhas são criadas) que sofreram perdas, garantindo a manutenção e o fortalecimento das populações de abelhas nativas nas áreas protegidas”, destacou a engenheira florestal e coordenadora do Poliniza Paraná, Nara Lucia da Silva.
As abelhas são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Atraídas pelo cheiro e pelas cores, as abelhas voam de flor em flor, colhem o pólen e promovem a reprodução cruzada dessas plantas. Além disso, garantem produção de frutos de melhor qualidade e com maior número de sementes.
As espécies indicadas para implantação das colmeias são: Guaraipo, Jataí, Mandaçaia, Mirim-Guaçu, Manduri, Iraí e Tubuna.
OUTROS ESPAÇOS
Lançado em janeiro de 2022 pelo Governo do Estado, o Poliniza Paraná conta atualmente com 205 meliponários distribuídos por todo o Paraná, em 29 municípios, entre parques urbanos e Unidades de Conservação.
Além disso, foi inserido também em pontos específicos, como os Palácios Iguaçu e das Araucárias, sedes do governo estadual, e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, todos em Curitiba.
A proposta é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), relacionado principalmente ao objetivo 15 – Vida Terrestre. O programa que une conservação, educação ambiental e sustentabilidade também pretende transformar o Paraná em referência na preservação das abelhas nativas, chamadas de melíponas.
PREMIAÇÃO
Em 2022, o sucesso do projeto garantiu o 2º lugar no 9º Prêmio A3P, na categoria “Destaque da Rede A3P”, concedido pelo Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, do Ministério do Meio Ambiente. O prêmio reconhece o mérito de iniciativas de organizações pública na promoção e realização de melhores práticas de sustentabilidade.
No ano passado, o Poliniza foi escolhido pela principal instituição de gestão de projetos do mundo, a PMI (Project Management Institute), como um dos 20 projetos mais influentes de 2024 da América Latina.
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