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IAP espera estudos da Sanepar no Aqüífero Karst

Maigue Gueths - Folha do Paraná
27 abr 2001 às 09:53

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O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) espera que até o final deste semestre a Sanepar conclua os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) sobre a exploração do Aqüífero Karst, utilizado há quatro anos como alternativa para abastecimento de água do município de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. O desconhecimento das consequências para o meio ambiente começa a gerar problemas para moradores da região.

Um exemplo é o do agricultor Adilson Fiorese, proprietário da empresa Agrofior Produção de Mudas, localizada no bairro de Águas Fervidas, em Colombo. Em 19 de janeiro, o IAP concedeu autorização para o desmatamento de 1,8 mil metros quadrados e construção de um canal para desvio de um córrego existente no local, com objetivo de ampliar as instalações da empresa. Dois meses depois, em 22 de março, o IAP cancelou o licenciamento e embargou as obra. O problema é que neste tempo, a empresa já tinha feito o desmatamento da área. Mesmo tendo licença, Fiorese terá que recuperar a área, com o plantio de mil mudas no prazo de 45 dias, conforme prevê o termo de compromisso assinado junto ao IAP.

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Para justificar o cancelamento, o IAP alega que a área "localiza-se em uma região de fragilidade ambiental (Aqüífero Karst)". Afirma, ainda, que foi constatada a existência de um leito de córrego "sazonal", o que caracteriza a área como de preservação permanente.

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Segundo o engenheiro florestal Pedro Dias, chefe do Departamwento de Licenciamento Ambiental, o IAP deu dois pareceres porque a região do Karst é bastante peculiar. Em épocas de seca, quando foi feita a primeira vistoria, os rios ficam sem água, o que impossibilitou uma real avaliação pelo engenheiro. Já em épocas de chuvas, a água dos rios - que fica superficialmente abaixo do solo - aflora para cima do leito. Foi o que o órgão verificou na segunda vistoria.

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"Se passasse um rio no local, como era há tempos atrás, eu jamais pediria para fazer desmatamento na área. Enquanto tiver os poços da Sanepar aqui, a água não vai voltar", diz Fiorese. Ele questiona, também, o que chamam de "rio sazonal". Segundo ele, há quatro anos, desde que a Sanepar construiu os poços artesianos para retirar água do Aquífero Karst, o córrego secou totalmente. "Ele só enche um pouco com a água de chuva", disse, lembrando que naquela época o córrego tinha mais de um metro de largura e cerca de 60 centímetros de profundidade, abrigando inclusive peixes.


Ao todo, foram desmatados 1,8 mil m2 de mata de capoeira e bracatinga, que gereram 32 m3 de lenha. Adilson garante que não havia nenhuma madeira nobre no mato. A empresa está em uma área de 48 mil metros quadrados, pertencente à sua família há mais de 40 anos. Deste total, 35% (16,8 m2) são considerados como Área de Preservação Permanente (APA), não podendo sofrer alterações. As instalações ocupam 50% da área, com estufas para mudas de flores e hortaliças e outros barracões. Com a ampliação, mais 2,8 mil m2 do terreno seriam ocupados por novas estufas.

A assessoria da Sanepar informou que a empresa vai respeitar o prazo, entregando até o final do semestre o Estudo de Impacto Ambiental.


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