O artista plástico José Antônio abre hoje, às 18 horas, a exposição intitulada "Voar, Sonhar", no Museu de Arte Contemporânea, em Curitiba. Para essa mostra, o artista montou objetos bastante volumosos que ficam pairando no ar, como móbiles. As esculturas usam tecido e ferro e têm até três metros de uma ponta a outra. Além dos objetos José Antônio leva ao MAC telas também em grandes dimensões.
Na análise do próprio artista sobre a sua obra, essa mostra é uma conclusão do trabalho desenvolvido há dez anos. "As escultuas remetem a todo o processo e têm marcas de trabalhos anteriores." Depois dessa mostra, José Antônio vai se dedicar a pesquisas para projetos que serão mostrados nos Estados Unidos e na Alemanha.
José Antonio, mineiro de Sacramento, formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, deu início à carreira artística no interior do Estado. Inicialmente em Maringá, onde fez sua primeira individual, depois em Londrina e a seguir conquistou Curitiba.
Nessa trajetória passou por algumas fases – a atual mostra-se "mais
leve", acredita. "A linguagem tornou-se mais clara e a minha história pessoal se ampliou à história de um povo", explica. Também o papel, muito
utilizado em seus trabalhos, cedeu espaço para o ferro e o tecido.
Para a curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Katia Canton, o "olhar curioso e profundo" do artista "está voltado para as pequenas coisas, os cantos esquecidos do mundo, as insignificâncias. José Antonio de Lima vislumbra a textura do asfalto, as formas dos bueiros na rua, a borracha gasta de pneus, ao mesmo tempo em que fita as árvores, as planícies, as pedras, as raízes".
Katia Canton observa que José Antonio resgatou de sua infância vivida no meio rural "a potência dos materiais, dialogando fluentemente com a terra, a madeira, o ferro, o arame e o papel artesanal".
"Em suas mãos, esses elementos são moldados, amarrados, oxidados e se tornam possibilidades de construção de um inusitado mapa de afetos. É um mapa quase secreto, repleto de simbologias, escrito em uma caligrafia estranha e ancestral, tingida de tons ferrosos, lembrando que a ferrugem é a cor do tempo que passa. Decifrado, esse mapa passa a guiar o observador à chegada de um reino à parte, meio animal, meio vegetal, meio artificial. O reino da biologia estética ou da geometria biológica".
"Voar, Sonhar", exposição de objetos e telas inéditos de José Antonio. Abertura, hoje, às 18 horas, na Sala Theodoro De Bona, do Museu de Arte Contemporânea Contemporânea (Rua Emiliano Perneta, 29, telefones (41) 222-5172 e 323-5337,www.pr.gov.br/mac), em Curitiba. Permanece até 14 de outubro. Visitação pública de segunda a sexta-feira das 10 às 19 horas, sábado e domingo das 10 às 16 horas.
Na análise do próprio artista sobre a sua obra, essa mostra é uma conclusão do trabalho desenvolvido há dez anos. "As escultuas remetem a todo o processo e têm marcas de trabalhos anteriores." Depois dessa mostra, José Antônio vai se dedicar a pesquisas para projetos que serão mostrados nos Estados Unidos e na Alemanha.
José Antonio, mineiro de Sacramento, formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, deu início à carreira artística no interior do Estado. Inicialmente em Maringá, onde fez sua primeira individual, depois em Londrina e a seguir conquistou Curitiba.
Nessa trajetória passou por algumas fases – a atual mostra-se "mais
leve", acredita. "A linguagem tornou-se mais clara e a minha história pessoal se ampliou à história de um povo", explica. Também o papel, muito
utilizado em seus trabalhos, cedeu espaço para o ferro e o tecido.
Para a curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Katia Canton, o "olhar curioso e profundo" do artista "está voltado para as pequenas coisas, os cantos esquecidos do mundo, as insignificâncias. José Antonio de Lima vislumbra a textura do asfalto, as formas dos bueiros na rua, a borracha gasta de pneus, ao mesmo tempo em que fita as árvores, as planícies, as pedras, as raízes".
Katia Canton observa que José Antonio resgatou de sua infância vivida no meio rural "a potência dos materiais, dialogando fluentemente com a terra, a madeira, o ferro, o arame e o papel artesanal".
"Em suas mãos, esses elementos são moldados, amarrados, oxidados e se tornam possibilidades de construção de um inusitado mapa de afetos. É um mapa quase secreto, repleto de simbologias, escrito em uma caligrafia estranha e ancestral, tingida de tons ferrosos, lembrando que a ferrugem é a cor do tempo que passa. Decifrado, esse mapa passa a guiar o observador à chegada de um reino à parte, meio animal, meio vegetal, meio artificial. O reino da biologia estética ou da geometria biológica".
"Voar, Sonhar", exposição de objetos e telas inéditos de José Antonio. Abertura, hoje, às 18 horas, na Sala Theodoro De Bona, do Museu de Arte Contemporânea Contemporânea (Rua Emiliano Perneta, 29, telefones (41) 222-5172 e 323-5337,www.pr.gov.br/mac), em Curitiba. Permanece até 14 de outubro. Visitação pública de segunda a sexta-feira das 10 às 19 horas, sábado e domingo das 10 às 16 horas.