A Justiça do Rio decretou hoje (30) a prisão preventiva dos cinco policiais militares suspeitos de alterar a cena do crime, colocando uma arma na mão de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, encontrado baleado no Morro da Providência, na região central da cidade. Toda a ação foi gravada em vídeo por moradores da comunidade. O jovem foi baleado na localidade conhecida como Pedra Lisa, na parte alta do morro.
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De acordo com a juíza Maria Izabel Pieranti, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) há provas suficientes contra os agentes. "Considerando o teor das filmagens veiculadas pela mídia, aliado à documentação acostada, tenho que resta claramente demonstrada a conexão probatória existente entre o crime de homicídio decorrente de intervenção policial e o crime de fraude processual. Desta forma, entendo necessária a decretação da prisão preventiva".
Segundo os autos, os policiais militares Eder Ricardo de Siqueira, Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena, Riquelmo de Paula Geraldo e Gabriel Julião Florido, todos lotados na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência faziam uma operação policial de repressão ao tráfico de drogas na parte alta do Morro da comunidade, quando entraram em confronto com três homens armados.
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Em outro trecho da decisão, a magistrada diz que "é inadmissível que agentes da lei, encarregados da manutenção da ordem pública e da regular persecução penal, procedam à alteração de cenário criminoso, visando ludibriar perito ou magistrado e garantir a sua impunidade pela prática de crime anteriormente praticado, in casu, de homicídio". O crime será julgado por uma das varas do Tribunal do Júri da capital.