Mais de mil pessoas, na grande maioria jovens, enfrentaram frio e chuva e foram às ruas de Curitiba se manifestar em favor da legalização da maconha no Brasil. A edição de 2014 da Marcha da Maconha foi prejudicada pelas condições climáticas, mas deixou seu recado de apelo pela descriminalização do uso da droga, aproveitando a decisão já tomada por outros países, como o Uruguai, por exemplo.
Numa manifestação tranquila e sem registro de incidentes, a marcha saiu da Boca Maldita, no centro da capital e foi até o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, no Centro Cívico. "Se o Brasil legalizar, olê olê olá, eu vou plantar" era um dos gritos de guerra dos manifestantes. Apesar de os organizadores pedirem para que não se usasse a droga durante a marcha, muitos participantes fumaram maconha durante o percurso, sem serem repreendidos.
"O mundo inteiro está legalizando, autorizando, até, a comercialização. E, aqui, o usuário ainda é criminalizado Não vamos ficar para trás", disse Jéssica Marchiori, uma das participantes da marcha. "O Brasil precisa desenvolver uma política racional e eficiente para esse tema, porque a atual política de guerra contra as drogas copiada dos EUA é ineficiente, extremamente cara, irracional e somente serve para criar mais violência e perpetuar a desigualdade social", disse Eduardo Forigo, que também faz parte do movimento.