Dezenas de milhares de quenianos deixaram suas casas nos últimos dias para fugir da onda de violência que tomou conta do país africano desde as eleições presidenciais realizadas na última quinta-feira.
Os confrontos se intensificaram a partir de domingo, quando foi confirmada a reeleição do presidente Mwai Kibaki. O resultado oficial foi contestado pela oposição e provocou protestos e episódios de violência nas principais cidades do país.
A onda de violência, considerada a pior registrada no país nos últimos anos, já deixou mais de 250 mortos em diversas cidades.
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Agências internacionais de ajuda humanitária alertaram que o país se encaminha para uma catástrofe caso os confrontos continuem.
Pressão internacional
É crescente a pressão internacional pelo fim da violência no Quênia.
O prrimeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse ontem (1) que falou com ambos os lados sobre a necessidade de encerrar os episódios de violência e iniciar um processo de reconciliação.
Tanto Kibaki quanto Odinga já pediram que a população ponha fim à violência.
O presidente reeleito, que tomou posse para seu segundo mandato no domingo, assim que o resultado oficial das eleições foi divulgado, disse que os partidos políticos deveriam se reunir imediatamente.
Odinga, no entanto, afirmou que só aceitaria uma reunião depois que Kibaki "assuma publicamente que não venceu as eleições".
Observadores internacionais colocaram em dúvida a lisura do pleito. Em um relatório preliminar sobre a missão de observação da votação, a União Européia diz que a eleição teve falhas e ficou aquém dos padrões internacionais.
Quatro dos 22 membros da comissão eleitoral do Quênia também manifestaram dúvidas sobre os resultados e se uniram nesta terça-feira às pressões dentro e fora do país para que um órgão internacional indpendente faça uma revisão do processo eleitoral.
O governo, no entanto, voltou a afirmar que não houve irregularidades no pleito.
Nesta quarta-feira (2), uma delegação da União Africana deverá visitar o Quênia para tentar ajudar a resolver a crise.
BBC Brasil