Os motoristas e cobradores do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana protocolaram na quarta-feira (6) um pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) em busca de um acordo sobre o aumento salarial da categoria. Eles alegam que não há avanços nas negociações com as empresas de ônibus.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, as negociações se arrastam há dois meses, mas nenhum "avanço real" teria sido conquistado até o momento. "Procuramos a Justiça para uma negociação maior", afirma.
O Sindimoc pede aumento salarial de 30% para os trabalhadores, além de reajuste de 100% no cartão alimentação, que hoje vale R$ 200, entre outros benefícios. Desde o aumento oferecido em 2012, os motoristas recebem salário de R$ 1.503 e os cobradores têm vencimento de R$ 845.
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Teixeira diz que o sindicato espera as negociações com a intermediação do TRT para saber os próximos passos da categoria. Ele não descarta a possibilidade de greve, mas não prevê data para paralisação. "Se na reunião com o Tribunal as empresas fizerem uma proposta que depois for aceita em assembleia, a discussão termina. Mas se não for aceita, podemos entrar em greve".
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que ainda não foi comunicado formalmente sobre o dissídio, mas aguarda os trâmites legais no TRT para iniciar as conversas com os trabalhadores. A expectativa do Sindimoc é que até o final da tarde desta quinta-feira possa ser marcada uma reunião com intermédio da Justiça.
A prefeitura de Curitiba informou que aguarda esta definição do salário da categoria para informar qual o valor da nova tarifa do transporte coletivo da Rede Integrada de Transporte (RIT). A expectativa é que, se houver definição até sexta-feira (8) sobre o caso, a prefeitura poderá divulgar no mesmo dia o valor da tarifa.