O Ministério Público Federal (MPF) aponta irregularidades em um fundo mantido pela Copel com intuito de diminuir os impactos ambientais após a instalação de uma usina na reserva indígena do Apucaraninha, em Tamarana (62 km ao sul de Londrina).
Em 2006, o MPF definiu que a Copel deveria pagar uma indenização de R$ 14 milhões à comunidade, além da organização de um comitê "Programa Gerador de Projetos de Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental" formado por lideranças indígenas e representantes da Copel.
"Considerando que, da indenização total prevista no referido TAC, 80%, ou R$ 11.200.000,00 foram destinados à implementação dos citados projetos, constituindo se um Fundo para o seu financiamento", lembra a portaria publicada na quarta-feira (16) no Diário Oficial.
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Conforme a portaria assinada pelo procurador da República, em Londrina, João Akira Omoto, R$ 141.639,89 foram transferidos indevidamente da conta do Fundo para a conta da associação de moradores da comunidade indígena "desconhecendo-se, ainda, se esses valores foram efetivamente utilizados pela AMTIAP ou desviados de seus fins, mediante saques indevidos ou apropriação/emissão de cheques da Associação".
O MPF comunicou a Copel e a Funai e solicitou a Associação dos Moradores do Apucaraninha, cópia de todos os extratos bancários do período investigado, entre dezembro de 2006 a maio de 2011.
A reportagem do portal Bonde entrou em contato com o MPF em Londrina e foi informada que o procurador, João Akira Omoto, está em período de férias. A reportagem também procurou a Copel, por meio da assessoria de imprensa, mas não recebeu nenhuma resposta até 14h45 desta quinta-feira.