O Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou ofício para que a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) providencie a substituição em até 30 dias dos coletes balísticos vencidos que continuam sendo usados por policiais civis e militares do Estado. A denúncia surgiu em março deste ano pela própria categoria. A Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) convocou uma assembléia para comunicar o problema para aproximadamente 200 delegados. A Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) abriu inquérito para apurar possível reciclagem dos coletes depois que o problema veio à tona.

A recomendação do MPT foi expedida após pedido de informações enviado pelo Sindicato dos Investigadores do Paraná (Sipol-PR). Se o governo estadual não substituir os equipamentos de segurança, uma ação civil pública será instaurada. De acordo com cálculos dos sindicatos que assinaram a petição, 3.000 dos 4.200 policiais civis estão com os coletes vencidos, o que representa 70% do efetivo. Na época, a Sesp informou que já tinha solicitado a aquisição de 880 novos coletes. Porém, a pasta não forneceu mais detalhes sobre o andamento do processo licitatório.

Há cerca de 20 dias, o Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) organizou uma entrega simbólica dos coletes em frente à 10ª Subdivisão Policial (SDP), mas foram impedidos pela Divisão Policial do Interior (DPI). Apenas os 10 agentes da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) participaram do ato. Na mesma data, o atendimento ao público foi suspenso. O Sindipol afirmou que iria realizar o mesmo protesto em Curitiba.