Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciaram nesta terça-feira (25) uma marcha na capital do Paraná como parte da jornada nacional de lutas, realizada durante essa semana em vários Estados. A jornada é parte dos protestos que cobram agilidade na reforma agrária.
De acordo com informações da ABr, cerca de mil integrantes do movimento, vindos de várias regiões, foram até a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde permanecerão acampados por tempo indeterminado.
O movimento denuncia que há um ano e meio 17 mil famílias assentadas do Paraná se encontram em completo estado de "abandono", sem assistência técnica e impedidos de acessar créditos agrícolas. Eles querem a criação de um programa para construção de agroindústrias e o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com uma política pública de segurança para produtos que estão em crise.
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O superintendente do Incra no Paraná, Celso Lisboa de Lacerda disse que está aberto ao diálogo e a discutir a pauta de reivindicações mas adiantou que muitos itens não são de competência do órgão, como a liberação de cestas básicas.
Segundo o site do movimento, "os protestos pretendem denunciar que a reforma agrária está parada em todo o país e que os trabalhadores rurais sofrem com o aumento da concentração de terras, com o avanço do agronegócio no Brasil". Segundo o MST, "Isso tende a se agravar com a expansão dos biocombustíveis."