Lembrar para nunca esquecer. A Federação Israelita do Paraná celebrou recentemente a criação do Dia Nacional da Lembrança do Holocausto.
Com mais de três mil judeus vivendo em terras paranaenses, a entidade garante que a data é importante e que vem em um momento em que os ataques de ódio contra o povo judeu crescem em todo o mundo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou no dia 29 de julho a lei 14.938, que cria o Dia Nacional da Lembrança do Holocausto, celebrado em 16 de abril.
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O objetivo é honrar a memória das vítimas do holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial. A estimativa é de que seis milhões de judeus tenham sido mortos entre os anos de 1939 e 1945.
A data escolhida é uma homenagem ao diplomata brasileiro na França Luiz Martins de Souza Dantas, que concedeu centenas de vistos para que judeus e outras minorias perseguidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial pudessem fugir para o Brasil durante o Holocausto.
Dantas também está entre os homenageados no Museu do Holocausto, em Israel, entre os não judeus que ajudaram a salvar o povo judeu. Ele morreu em 16 de abril de 1954, em Paris.
Presidente da Federação Israelita do Paraná, Alexandre Knopfholz aponta que a data é muito importante para a comunidade judaica pelo fato de relembrar um dos episódios mais tristes de toda a humanidade. Ele destaca que o momento também é oportuno, principalmente por conta do aumento do antissemitismo, que é o ataque e ódio contra judeus, por conta dos conflitos entre Israel e o Hamas.
Segundo ele, é necessário diferenciar as críticas feitas ao governo de Israel, que são legítimas, de ofensas proferidas aos judeus enquanto povo. Knopfholz aponta que um número significativo de atos antissemitas vem sendo percebido em todo o mundo, inclusive no Brasil e no estado do Paraná. “Essa é uma data que merece ser lembrada”, afirma.
O presidente reforça que a lei pode ajudar a ampliar o conhecimento da população sobre o que foi o holocausto, principalmente pelo fato de que muitos sobreviventes dos horrores da guerra já morreram ou estão em idade avançada.
Ele pontua que a lei vem para barrar o aumento do negacionismo no que diz respeito às barbáries cometidas contra a vida humana durante o holocausto.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: