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Número de afogamentos no Litoral assusta

Erika Wandembruck - Equipe da Folha
07 jan 2002 às 08:56

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A estudante Juliana Alves, de sete anos, morreu afogada em uma piscina na casa onde passava as férias de verão com a família em Guaratuba, Litoral do Estado. Joas Fernando Pinto, de 18 anos, também perdeu a vida enquanto nadava no Balneário de Santa Terezinha. O colega dele, Adriano Henrique Galadan, de 27 anos, foi resgatado com vida em alto mar pelo Corpo de Bombeiros.

Com os dois óbitos, subiu para dez o número de veranistas que morreram afogados no Litoral do Paraná, desde 22 de dezembro, quando começou a Operação Verão da Polícia Militar. Isso representa 250% acima do índice de mortes registrado durante os 66 dias de operação na temporada do verão passado, em que foram registradas quatro mortes.

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O Corpo de Bombeiros encontrou Juliana no fundo da piscina por volta das 23 horas de sábado. Um médico tentou reanimá-la, mas os esforços foram em vão. Juliana já estava morta. O corpo de Fernando Pinto desapareceu no mar neste domingo, às 6h50. Só foi resgatado pelos guarda-vidas do Balneário Primavera às 10h25. O sobrevivente Henrique Galadan foi levado de helicóptero ao Hospital Navegantes, em Matinhos, e liberado às 14 horas deste domingo.

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O tenente Renê Muchelin, relações públicas do Corpo de Bombeiros, atribui ao grande números de veranistas no Litoral do Estado - cerca de dois milhões - o aumento no índice de afogamentos. "Nesse verão temos 40% a mais de turistas do que no ano passado", justificou. Outro fator que influencia no crescimento do número de afogados, no entendimento dele, é a imprudência dos veranistas que insistem em se banhar no mar durante a noite e nos horários em que os guarda-vidas não estão trabalhando.

"Das dez mortes, três ocorreram de noite, e cinco bem cedinho, antes do início do serviço dos guarda-vidas, que trabalham das 8 às 20 horas", explicou. Segundo ele, geralmente se afogam pessoas com pouca habilidade, que não sabem nadar direito, desconhecem os fenômenos marítimos e não respeitam as bandeiras que indicam os locais impróprios para banho. Em duas semanas, foram realizados 675 salvamentos, quase o dobro do total do verão passado.


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