Quando o assunto é incêndio ambiental, os números da Defesa Civil do Paraná são alarmantes. Só na primeira quinzena do mês de agosto foram registrados no Estado aproximadamente 1,6 mil incêndios florestais. Do início do ano até o fim do mês de julho foram mais de seis mil ocorrências desse tipo.
Para se ter uma idéia, em um monitoramento diário via satélite feito pela Defesa Civil, hoje todo o Paraná apresenta risco extremo ou elevado de incêndio florestal.
''No momento, uma série de fatores faz com que fiquemos preocupados. As temperaturas estão altas demais para esta época do ano, quando atravessamos um período de estiagem - característico da estação -, que deixa a umidade relativa do ar muito baixa. Juntamos a isso o fato de a vegetação ainda estar sofrendo os efeitos das geadas recentes, ou seja, está seca'', relata o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
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''Há também o fator da ação humana. Na maioria dos casos o incêndio não começa sozinho, o homem é o agente causador. Notamos que no Paraná as pessoas têm uma cultura de colocar fogo em tudo. Precisamos mudar isso'', completou o tenente.
A falta de cuidado pode ter sido a causa de um incêndio que aconteceu na sexta-feira (17) em Piraí do Sul. Segundo o engenheiro florestal de uma empresa da região, Paulo Machado, bóias-frias que trabalhavam em uma área de capina teriam feito uma pequena fogueira para esquentar o almoço e perderam o controle do fogo, que se espalhou e atingiu uma área de reflorestamento, com 100 hectares de pinus. Homens do Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva e de indústrias de papel da região trabalharam durante dez horas para conseguir controlar o incêndio, porém 40 hectares foram queimados.
Os dados da Defesa Civil demonstram que o problema é sério em várias regiões paranaenses. A região de Maringá lidera as tristes estastísticas. Londrina, Cascavel e Curitiba aparecem na sequência, praticamente empatadas na quantidade de ocorrências.
Folha de Londrina