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Apontadas pelo TCE

OAB comprova irregularidades no transporte de Curitiba

Redação Bonde com TCE-PR
20 jan 2014 às 17:22

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Relatório elaborado pela Comissão de Estudos Constitucionais da Seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) comprovou a existência de ilegalidades no sistema de transporte de Curitiba. O trabalho endossa as conclusões de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) na Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), no Fundo de Urbanização de Curitiba e na Rede Integrada de Transporte da Região Metropolitana. O relatório da OAB-PR, divulgado na última sexta-feira (17 de janeiro), será encaminhado pelo órgão ao Ministério Público Estadual.

A OAB resolveu estudar o relatório da auditoria feita pelo TCE a partir de um debate sobre o tema, realizado em 1º de novembro. O trabalho, que examinou questões centrais apontadas na auditoria do Tribunal de Contas, foi realizado pelo advogado Ilton Norberto Robl Filho e aprovado pela Comissão de Estudos Constitucionais da entidade.

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O relatório da OAB confirma, por exemplo, problemas em relação à natureza jurídica da Urbs. Sendo uma sociedade de economia mista, a entidades não poderia exercer o poder de polícia, fazendo a fiscalização do transporte público ou multando motoristas e usuários das vagas públicas de estacionamento.

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Mesmo exercendo esse poder, a OAB concluiu que a Urbs tem feito a fiscalização do transporte e gerido o Fundo de Urbanização de forma insatisfatória. O relatório também confirma ilegalidades, como o direcionamento de licitações no transporte público de Curitiba e a metodologia de cálculo da tarifa técnica.

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Auditoria


Realizada no segundo semestre do ano passado, a auditoria do TCE-PR mostrou que a tarifa do transporte coletivo de Curitiba poderia ser 16,7% menor do que a atual. Isso significa que o usuário poderia estar pagando R$ 2,25, ao invés de R$ 2,70. O documento relaciona 40 irregularidades, encontradas pela equipe de fiscalização nomeada especialmente pelo TCE para averiguar os contratos da Prefeitura de Curitiba com as empresas de transporte.

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Entre as principais falhas apontadas pelo TCE estão indícios de cartelização do sistema, irregularidades na composição de custos e concessão de gratuidades e fragilidade da fiscalização do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, que afere a quantidade de passageiros transportados diariamente. Diante dessas constatações, a equipe de auditoria recomendou a anulação da licitação que originou os contratos vigentes e a realização de uma nova concorrência.


O relatório tem 253 páginas e é resultado de três meses de trabalho. Neste período, a comissão de auditoria, formada por seis servidores do Tribunal, fez diversas visitas técnicas aos órgãos fiscalizados, inspeções in loco, entrevistas e estudos técnicos. O Relatório está publicado no portal do TCE na internet.

O documento foi transformado em processo, cujo relator é o conselheiro Nestor Baptista. Antes de ser julgado em plenário, o processo está seguindo o trâmite regular do Tribunal, com concessão de prazo para a defesa dos envolvidos, elaboração de instrução pela Diretoria de Contas Municipais (DCM) e parecer do Ministério Público de Contas (MPC).


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