Um levantamento divulgado pela seguradora Líder, empresa que administra o seguro Dpvat (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), apontou que, em um período de quase 10 anos, o Paraná foi o quinto estado brasileiro que mais acionou o seguro por acidentes envolvendo motocicletas e ciclomotores. No período de 2009 a 2018, foram pagos no estado mais de 245 mil indenizações, seja por despesas médicas ou indenizações por mortes e invalidez.
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Em Londrina, o pagamento de indenizações chega a quase 30 mil pessoas, representando pouco mais de 12% do total de indenizações pagas no Paraná. Apesar dos altos índices de acidentes, o mesmo relatório aponta que, no mesmo período, vem diminuindo o acionamento do seguro por acidentes. No último ano foram pagas 1.362 indenizações contra 5.671 do ano de 2014, ano que foi registrado o maior número de acidentes de trânsito. Apesar da redução, os números se mantém superiores ao início do estudo, em 2009, quando foram pagas 826 indenizações no município.
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No último levantamento divulgado pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) em 2018 apontou uma frota total de veículos superiores a 380 mil automóveis em Londrina. Na mesma pesquisa, foram registrados no município e quase 80 mil motocicletas e ciclomotores.
Placar do trânsito
No último Placar do Trânsito, levantamento divulgado em junho de 2019 pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Londrina registrou um aumento de 10,7% no número de vitimas de acidente de trânsito se comparado com o mesmo período de 2018. Ao todo foram 1.813 vitimas de acidentes nos cinco primeiros meses do ano, contra 1.638 no mesmo período do ano passado.
Apesar disso, houve uma redução de 34% nas mortes registradas nos cincos primeiros meses deste ano no trânsito londrinense. No total, 29 pessoas perderam a vida nas vias de Londrina durante os meses de janeiro a maio de 2019, contra 44 pessoas que faleceram no mesmo período do ano passado.
Os trechos urbanos das rodovias que cortam a cidade continuam sendo os mais perigosos. A BR-369, no trecho que corresponde à avenida Brasília, e a PR-445 continuam sendo as vias que mais registraram mortes. Ambas as rodovias registraram quatro óbitos, totalizando oito dos 29 mortos nas vias da cidade. O trecho rural da PR-445 também registrou quatro mortes.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa dos principais hospitais de Londrina que atendem os acidentados no trânsito para verificar o número de atendimentos prestados a esse tipo de ocorrências.
O hospital Evangélico de Londrina, que é um dos pontos de referência nesse tipo de ocorrência, atendeu até o mês de setembro 770 pessoas que sofreram algum tipo de atendimento médico na unidade referente a acidentes de trânsito. No ano passado inteiro, foram 1.123 atendimentos.
Os demais hospitais não informaram o total de atendimentos prestados.
Brasil
Em todo o Brasil, nos últimos dez anos, mais de 2,3 milhões de vítimas foram indenizadas na condição de motoristas da motocicleta. Em 2018, eles representaram 68% de todas as indenizações pagas por ocorrências envolvendo motocicletas. O percentual equivale a 170.123 sinistros. A maioria dos condutores (70%) ficou com algum tipo de invalidez permanente após o acidente, concentrando mais de 119 mil pagamentos. Em relação a 2009, houve um aumento de 125%.
Os pedestres são o segundo tipo de vítima que mais corre risco nos acidentes com veículos de duas rodas. De todas as indenizações pagas no ano passado por estas ocorrências, 53.120 (21%) envolveram quem transita a pé. Após ser atingida por uma moto, a maioria das vítimas também ficou com algum tipo de sequela definitiva. Foram 46.058 sinistros pagos a pedestres vítimas de invalidez permanente. Um aumento de 254% se comparado com o ano de 2009.
Os passageiros, por sua vez, são os menos afetados nos acidentes. No ano passado, o seguro Dpvat pagou 27.207 indenizações a pessoas que se deslocavam na garupa dos veículos de duas rodas no momento do acidente. Mesmo sendo menos afetados, houve um aumento no pagamento de indenizações em relação a 2009, o aumento foi de 90%, de acordo com a seguradora Líder.
Perfil das vítimas em 2018
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.