A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, por meio da Coordenação de Educação do Campo, Indígena e Cigana regulamentará a oferta da língua indígena nas comunidades que não possuem escola regular. Os alunos terão suas matrículas e históricos escolares registrados em uma escola base indígena próxima à comunidade em que vivem. O projeto foi aprovado pelo Conselho Estadual de Educação.
A regulamentação vai beneficiar 603 estudantes matriculados em escolas estaduais e municipais não indígenas (523 da etnia caingangue e 80 da etnia guarani) de 14 comunidades de Toledo (Oeste), Londrina (Norte) e Curitiba; e que terão quatro horas/aulas semanais em suas línguas maternas ministradas por professores indígenas.
A chefe do departamento da diversidade, Marise Ritzmann Loures, afirma que a ação é "mais uma conquista importante que representa o respeito e cuidado do Paraná com a educação e cultura dos povos indígenas que vivem no Estado, garantindo a esses estudantes o ensino bilíngue e a continuidade de suas línguas maternas".
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Desde 2011, o Governo do Paraná construiu 13 novas escolas indígenas em diferentes regiões do Estado e que oferecem ensino bilíngue para manter viva a língua indígena e a cultura dentro dessas comunidades. Atualmente, a rede estadual de ensino do Paraná conta com 38 escolas indígenas que ofertam desde a educação infantil até o ensino médio. Elas atendem cerca de 5 mil estudantes matriculados.
A Secretaria de Estado da Educação também ampliou o número de professores indígenas que atuam em suas línguas maternas. Em 2011, o número de professores indígenas na rede estadual de ensino era de apenas 31 docentes. Hoje são 257 profissionais capacitados para lecionar na educação infantil.
No início do mês, a Secretaria da Educação promoveu a aula inaugural do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental na Modalidade Normal Bilíngue Caingangue/Guarani – Aproveitamento de Estudos.
O curso é ofertado no Ceep (Centro Estadual de Educação Profissional) de Manoel Ribas (no Centro do Estado), onde estão matriculados 45 alunos caingangues e 43 guaranis.