A Polícia Federal (PF) do Paraná, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH) e o Ibamadeflagraram na manhã desta quinta-feira (20), a fase ostensiva da "Operação Iguaçu - Água Grande". A Operação, que conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, investiga a poluição do Rio Iguaçu.
Ao todo, 43 equipes de policiais e fiscais do Ibama cumprem durante a manhã 30 mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Ambiental Federal, em Londrina e outras 16 cidades do Paraná: Curitiba, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Apucarana, Arapongas, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Matinhos, Santo Antonio da Platina, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
O alvo das buscas são a sede central e regionais da Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar. Além disso, simultaneamente ao que estão às buscas, as equiepes vão realizar fiscalizações, vistorias e coleta de material para análise em 17 estações de tratamento de esgotos.
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A Operação
As investigações tiveram início ainda em 2009, durante os quais foram percorridos mais de 15.000 km de helicóptero, de barco por todo o leito do Rio Iguaçu e com viaturas por todas estradas do Paraná, para proceder a mais de 430 coletas e análises laboratoriais em material então recolhido e encaminhado, entre outros, para o Laboratório da UNICAMP.
No período da investigação e na extensão de todos os deslocamentos, o objetivo foi identificar a responsabilidade criminal pela poluição do Iguaçu, maior rio do Paraná e hoje o segundo rio mais poluído do Brasil, após o Tietê, em São Paulo.
No mesmo sentido, se buscou delimitar meios e modos pelos quais a empresa, já identificada como a maior poluidora do Rio a despeito de deter certificação ambiental em altos níveis, bem como altíssimos níveis de faturamento, lança em cursos d’água efluentes sem qualquer tratamento, clara agressão ambiental à coletividade, à fauna e à flora.