Após quatro crianças serem assassinadas em uma creche de Blumenau (SC), novos casos de atentados e diversas ameaças passaram a surgir nos noticiários. Especialistas denominam o caso como "efeito contágio", cuja exposição da mídia sobre o assunto ou das redes sociais pode alavancar o número de adeptos à barbárie. Pensando nisto, a PCPR (Polícia Civil do Paraná), por meio do Núcleo de Combate aos Cibercrimes, lançou um comunicado, nesta quarta-feira (12) que pede parcimônia à população e à mídia ao tratarem sobre o assunto.
"Cuidado com o efeito contágio, pois, ao compartilhar notícias de massacre ou de possível atentado, seja por texto, fotos, áudios ou qualquer material, isso pode encorajar algum infrator a concretizar o ataque. A história nos mostra que esse é um meio de aumento de casos", inicia o comunicado.
O alerta também deixa claro que a maioria dos casos não passam de notícias falsas criadas para gerar pânico na população. "Mas fique calmo, a maioria dos casos são fake news criadas pelos próprios alunos ou ex-alunos com a intenção de gerar insegurança, pânico, para ter visibilidade, fazer brincadeiras de mau gosto ou até mesmo impedir as aulas."
"Orientamos que os pais monitorem o que os seus filhos estão acessando e compartilhando na internet e com quem estão conversando - incluindo chats de jogos/videogame -, bem como quais redes sociais eles usam e seus perfis utilizados. Também recomendamos criar o hábito de sempre verificar o que os seus filhos guardam em seus armários e gavetas, bem como, antes de saírem para a escola, o que estão carregando na mochila. Por fim, conversem com seus filhos e expliquem o perigo de compartilhar informações sem ter certeza de sua veracidade, pois poderá ser responsabilizado por ato infracional caso anuncie de forma falsa que irá ocorrer algum massacre."
O comunicado ainda diz que todas as denúncias são investigadas e todos os envolvidos, sejam crianças ou adultos, serão responsabilizados criminalmente
"Tire print da mensagem com a ameaça de maneira que seja possível identificar o número de telefone ou o perfil da rede social do ameaçador, bem como demais dados que identifiquem o agressor e a rede social utilizada para veicular a ameaça. Ligue 181", aconselha a PCPR.
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*Sob supervisão de Fernanda Circhia