Os moradores do entorno da Praça do Japão, em Curitiba, cobram uma resposta do prefeito Gustavo Fruet sobre a obra da linha Ligeirão Azul que ligaria o espaço público ao terminal Santa Cândida. A obra foi contestada pelos moradores que não aceitavam o fato de a linha de ônibus passar pelo local, o que prejudicaria a estrutura da praça.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21), o presidente do Conselho de Segurança (Conseg) do Batel Acef Said disse que no ano de 2012 a população do bairro foi pega de surpresa com a obra. "A administração anterior não fez audiências públicas com a comunidade", disse o presidente do Conseg, que afirmou que a população do bairro não é contrária à obra, mas sim contra ao que ele chama de "decisão retrógrada".
"Dessa forma em que foi apresentada a proposta dava fluidez ao trânsito, mas acabava com a área verde e a praça. A decisão deve ser sustentável e existe todo um entorno da praça, com taxis, locais para feiras que seriam prejudicados. A Praça do Japão é um ícone que não pode ser destruída", reclama.
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O presidente do Conseg reclama que o atual prefeito não se posiciona sobre o assunto e não fala com a comunidade sobre o futuro do espaço público. Ele pede que o projeto seja discutido com a população pela atual gestão. Said ainda disse que encaminhou à Câmara Municipal de Curitiba um pedido para que o plenário vote uma lei que torne todas as praças da Capital como patrimônio público, para que esses problemas sejam evitados.
Resposta – por meio da assessoria de imprensa, a Urbanização de Curitiba (Urbs) informou que no dia 10 de janeiro de 2013 houve uma reunião entre moradores e a prefeitura no Colégio Santa Terezinha para apresentar à população o projeto já existente, elaborado pela administração anterior. No projeto, segundo a Urbs, a intenção era passar pelo entorno da Praça do Japão e cortar apenas uma parte da calçada.
Com a recusa dos moradores pelo projeto anterior, agora a prefeitura reavalia o plano e busca alternativas de forma a atender, segundo a Urbs, a comunidade e aos futuros passageiros da linha Ligeirão Azul. De acordo com a Urbs, assim que a prefeitura encontrar um meio mais viável para implantar a linha de ônibus, os moradores serão chamados para saber do novo projeto.