A diretoria da Secretaria Municipal de Obras responsável por liberar alvarás e Habite-se em Londrina conta com apenas quatro engenheiros. De acordo com dados do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (ceal), os servidores cuidaram de mais de 5 mil processos no último ano (3,5 mil alvarás e 1,6 mil Habite-se). "Uma cidade com o potencial de Londrina precisa de mais profissionais", destacou a presidente do Ceal, Maria Clarice Rabelo Moreno, em entrevista ao Bonde nesta quinta-feira (18).
São 1.270 processos por engenheiro, e se cada profissional trabalhar 300 dias no ano, terá que dar conta da liberação de cinco alvarás por dia.
Na avaliação dela, os engenheiros da prefeitura merecem ganhar uma medalha pelo trabalho realizado. "Eles estão mais do que sobrecarregados, contam com a ajuda de apenas quatro técnicos e ainda são alvos de críticas quando demoram a emitir os alvarás ou erram em alguns pontos", destacou.
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Maria Clarice destacou que "a cidade não tem como crescer sem esses profissionais". "As obras são feitas, mas não liberadas", completou.
A presidente do Ceal lembrou, ainda, que os servidores são responsáveis não só por liberar procedimentos particulares, mas por analisar as licitações de obras da própria prefeitura. "O projeto de revitalização da avenida Saul Elkind, por exemplo, precisou ser tocado pelo Ceal por causa da falta de profissionais no Executivo", afirmou.
Ao todo, a Secretaria de Obras tem 20 profissionais de Engenharia, mas precisaria de pelo 100. A atual administração quer, em um primeiro momento, dobrar o número de profissionais, dos atuais 20 para 39. O projeto de lei, que prevê a criação dos novos cargos, ainda tramita no Legislativo.
Parte das contratações deve ser realizada no decorrer do próximo ano.