Após a desocupação da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) pelos manifestantes, na tarde de quarta-feira (16), o vereador Valdemir Soares (PRB), que é vice-relator da CPI do Transporte Público de Curitiba, disse que a ocupação do plenário pelos manifestantes não deve mudar os rumos das investigações.
Na opinião do vereador, semelhante às palavras ditas pelo presidente da Casa, Pauloi Salamuni (PV), a manifestação do grupo integrante da Frente de Luta Pelo Transporte (FLPT) não ocorre contra a Câmara, mas contra os grupos empresariais que são alvo da investigação da CPI.
"Essa manifestação vai fortalecer o trabalho da câmara, porque eles mostram que apoiam a CPI", diz Soares. O vereador ainda elogiou a postura dos membros da FLPT, por causa do diálogo que tiveram com o legislativo municipal e porque, ao saírem do plenário, retiraram todas as faixas e não deixaram nenhum tipo de dano ao patrimônio público.
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Morosidade - uma das reclamações dos integrantes da FLPT, em texto publicado na página do Facebook do movimento social, foi quanto aos rumos da CPI. O texto, que foi postado na página durante a ocupação, entre terça-feira (15) e quarta-feira (16), diz que "a CPI demonstrou não fugir à regra do que geralmente acontece na "casa do povo", produzindo discursos que não anunciavam medidas práticas". Esta, segundo o texto, foi uma das razões para que a assembleia dos membros do grupo decidisse pela ocupação do plenário.
Sobre o assunto, o vice-relator da CPI do Transporte disse desconhecer esse posicionamento, mas afirmou que a Comissão tem um prazo regimental até o próximo dia 28 de outubro para apresentar os resultados das investigações.
Ocupação – os manifestantes entraram no plenário da Câmara por volta das 17h de terça-feira e lá permaneceram por 24 horas. Eles saíram após uma reunião em que firmaram um acordo com os vereadores. O presidente Paulo Salamuni (PV) garantiu que a Câmara vai tramitar um projeto de Lei para a adoção do passe livre estudantil e para desempregados em Curitiba. Entretanto, segundo Salamuni, isso não seria garantia de resultado do projeto.
Os vereadores também devem intermediar o diálogo da FLPT com o prefeito Gustavo Fruet. Os manifestantes querem a anulação da licitação do transporte público e a redução da tarifa de R$ 2,70 para R$ 2,25.