Os Institutos Médico-Legais (IML) de todo o Estado começaram o mês de setembro com redução no quadro de funcionários. Com o fim dos contratos temporários antes da conclusão do processo seletivo para chamamento de novos trabalhadores, as diretorias precisaram remanejar profissionais de carreira para conseguir atender a demanda.
Em julho os contratos de alguns funcionários temporários foram renovados para que o processo seletivo das novas contratações fosse concluído. Mesmo assim, o tempo não foi suficiente. A renovação expirou na última quarta-feira (31) e a maioria dos novos profissionais aprovados no concurso só devem assumir na próxima quinta-feira (8).
Em Maringá, a falta de profissionais já refletiu no atendimento à população. Na noite da última quarta-feira (31), por falta de motorista no Instituto, a liberação do corpo de uma vítima de atropelamento foi prejudicada.
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Apesar disso, o diretor do IML de Maringá, Sérgio Paulo de Oliveira, garante que a redução de profissionais não vai gerar prejuízos à população. "É uma situação atípica e provisória, que na semana que vem já vai ser resolvida, com a vinda de novos profissionais. Até lá, fizemos escalas específicas e vamos trabalhar com o que temos disponível, sem reflexo algum para a população".
Atualmente, o IML de Maringá conta com três médicos legistas, dois agentes de necrópsia, três funcionários no setor administrativo e nenhum ajudante de perícia que exerce a função de motorista. No remanejamento, os agentes de necrópsia acumularão a função de motoristas. Até semana que vem, mais três médicos, dois agentes e três ajudantes de perícia deverão assumir as funções.
Em Londrina a situação não é diferente. Com o fim dos contratos antigos, a diretoria também precisou remanejar escalas para conseguir atender a demanda. Três médicos legistas, três agentes de necrópsia e quatro ajudantes de perícia virão para a cidade na semana que vem.
O Bonde tentou contato com a diretora do Instituto em Londrina, Cristiane Ferreira de Souza, ao longo de toda a manhã. A reportagem foi informada que pelo acúmulo de trabalho gerado pela redução de funcionários, ela não pôde atender às ligações.
Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que, como não houve o preenchimento temporário das vagas, "a instituição vai deslocar funcionários de algumas unidades para manter normalizado o atendimento" até que os novos servidores sejam contratados. "No próximo dia 6 de setembro haverá uma nova chamada de servidores do PSS para que comecem a trabalhar no dia 8 (já que dia 7 é feriado). Até lá, o IML não vai medir esforços para suprir todas as dificuldades até que o quadro de funcionários seja recomposto", informa.