A Promotoria de Patrimônio Público de Bela Vista do Paraíso (40 km de Londrina) ajuizou ação civil pública contra o prefeito da cidade, João Monza (PDT), sobre denúncias relacionadas aos 390 servidores públicos que não registram horários de entrada e saída em relógios-ponto. A determinação é que a administração municipal providencie em até seis meses a instalação do sistema no prédio e setores coordenados pela prefeitura. Caso a recomendação não seja atendida, a multa gira em torno de R$ 2 mil por dia.
Em entrevista ao Portal Bonde, a promotora Ana Maria de Oliveira Santos informou que o processo está em trâmite desde o ano passado. "Em 2015, demos o prazo de seis meses para que o prefeito se pronunciasse, fornecendo assim mais informações sobre o controle da jornada dos servidores. Não fomos atendidos, e por isso optamos por ingressar com uma ação", disse. Parte das denúncias veio na área da saúde. "A população nos confidenciou que algumas unidades básicas não tinham médicos e enfermeiros. Como não há registro, também não temos como saber se o funcionário saiu mais cedo do que o habitual", comentou a promotora.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Bela Vista do Paraíso disse que a Procuradoria Jurídica do Município ainda não notificada para despachar a defesa sobre o caso. Em nota, a administração local informou que ''um processo licitatório deve ser publicado até terça-feira da semana que vem para a instalação de 24 relógios-ponto, cumprindo assim a determinação do MP". O orçamento do certame, porém, não foi divulgado. A garantia é de que o sistema será implantado em até um mês.