A população do Paraná deve chegar a 12,4 milhões daqui a 25 anos, em 2050, com concentração cada vez maior nos centros urbanos. Atualmente com 579.512 mil habitantes, Londrina seguirá como a segunda maior cidade do Estado, atrás de Curitiba, mesmo com a redução prevista para 576.929 mil londrinenses.
A projeção foi divulgada pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) nesta segunda-feira (2), constando na Projeção Populacional Urbana e Rural dos Municípios Paranaenses no Período de 2025 a 2050. A edição traz os dados do Censo Demográfico de 2022.
Sete dos 25 municípios que compõem a Região Metropolitana de Londrina vão na contramão da projeção populacional e devem ter aumento no número de habitantes em 2050. São as cidades de Rolândia, Sabáudia, Jaguapitã, Arapongas, Cambé, Pitangueiras e Prado Ferreira.
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Para o diretor-presidente do Instituto, Jorge Callado, muitas pessoas procuram os municípios RML para moradia, mas com o objetivo de trabalhar ou estudar em Londrina ou nas grandes cidades que compõem a região. "A criação de postos de trabalho e o grau de industrialização podem explicar o fluxo migratório para essa região baseado no entorno, até em função do custo de vida, que é maior nas cidades principais", afirmou.
Disse também que as mudanças não devem ser preocupantes e nem celebradas, com necessidade dos municípios se prepararem para as demandas dos novos cenários. "As cidades devem ter uma estrutura de atendimento nas áreas de saúde, educação, saneamento, proteção ambiental, a questão econômica para fazer essa adequação de acordo com o fluxo, que pode aumentar ou reduzir."
Rolândia e Sabáudia
Dos 25 municípios, Rolândia tem o maior crescimento populacional em números previsto para 2050, saltando de 76.409 habitantes para 99.588. O aumento será de 30,37%, com 23.179 novos moradores.
Já Sabáudia terá o crescimento mais expressivo em porcentagem, com 78,87%. Vizinha de Arapongas, o número deve passar de 9.725 a 17.393 habitantes. O prefeito Edson Hugo Manueira elencou as áreas de potencial econômico de destaque da cidade, sendo as “empresas no setor industrial e oferta de empregos, bem como o desenvolvimento agrícola, com forte representatividade local”.
Manueira considerou que o aumento de munícipes irá demandar melhorias e mais investimentos na infraestrutura da cidade, como em escolas, habitação, serviços de saúde e assistência social, para que contemple o número crescente de cidadãos. Disse ainda que a notícia foi recebida com alegria, porque “demonstra o bom desenvolvimento que temos, mas também é um desafio para os gestores e um sinal de que Sabáudia precisa se preparar para atender com qualidade seus munícipes”.
Reforçou que “se a cidade cresce, também crescem os problemas, por isso, o planejamento e os investimentos devem ser muito bem executados. Juntamente com a Câmara Legislativa, trabalhamos para que nosso município não dependa somente de recursos dos governos Federal e Estadual”.
Manueira disse ainda que a gestão já se prepara para comportar o possível aumento da população, com “a futura implantação de uma Guarda Municipal e, através da Sanepar, a implantação da rede de esgoto. Precisamos fazer os investimentos corretos para que Sabáudia cresça de forma ordenada e se torne uma das melhores cidades do Paraná”.
Jaguapitã e Arapongas
Jaguapitã figura na lista com possível crescimento de 31,79% no número de residentes, subindo de 16.036 para 21.135. Já Arapongas deverá ter aumento populacional de 7,23%, passando de 124.834 cidadãos a 133.859 em 2050.
Com crescimento menos expressivo, Cambé passará de 111.477 a 111.749 habitantes (+0,24%), Pitangueiras, de 3.139 a 3.222 (+2,64%), e Prado Ferreira, de 3.824 a 3.975 munícipes (+3,95%).
Padrão
Incluindo Londrina, os outros 18 municípios da RML seguem o seu padrão, apresentando redução no número de habitantes em 2050. Segundo o Ipardes, Porecatu vai apresentar a maior porcentagem de queda populacional da Região até lá. Com 41,66% de alteração, os 11.195 moradores atuais vão diminuir para 6.530.
Assaí vem logo atrás, com redução de 38,34%. De 13.377 moradores, restarão 8.250. Para fechar o pódio, Tamarana terá diminuição de 34,25%, passando de 10.473 a 6.884 daqui a 25 anos.
Confira a projeção populacional 2025/2050 da RML
1- Londrina - 579.512 (2025) → 576.929 (2050) - - 0,45%
2. Arapongas — 124.834 (2025) → 133.859 (2050) — +7,23%
3. Cambé — 111.477 (2025) → 111.749 (2050) — +0,24%
4. Rolândia — 76.409 (2025) → 99.588 (2050) — +30,37%
5. Ibiporã — 53.034 (2025) → 49.591 (2050) — -6,48%
6. Jaguapitã — 16.036 (2025) → 21.135 (2050) — +31,79%
7. Sertanópolis — 16.146 (2025) → 14.308 (2050) — -11,37%
8. Bela Vista do Paraíso — 14.877 (2025) → 12.238 (2050) — -17,73%
9. Assaí — 13.377 (2025) → 8.250 (2050) — -38,34%
10. Florestópolis — 11.599 (2025) → 10.135 (2050) — -12,62%
11. Jataizinho — 11.910 (2025) → 10.168 (2050) — -14,61%
12. Porecatu — 11.195 (2025) → 6.530 (2050) — -41,66%
13. Tamarana — 10.473 (2025) → 6.884 (2050) — -34,25%
14. Alvorada do Sul — 10.473 (2025) → 9.261 (2050) — -11,56%
15. Uraí — 10.261 (2025) → 7.345 (2050) — -28,41%
16. Primeiro de Maio — 9.984 (2025) → 7.303 (2050) — -26,83%
17. Sabáudia — 9.725 (2025) → 17.393 (2050) — +78,87%
18. Centenário do Sul — 10.843 (2025) → 8.592 (2050) — -20,75%
19. Sertaneja — 5.615 (2025) → 4.497 (2050) — -19,89%
20. Lupionópolis — 4.925 (2025) → 4.816 (2050) — -2,21%
21. Guaraci — 4.735 (2025) → 3.682 (2050) — -22,24%
22. Prado Ferreira — 3.824 (2025) → 3.975 (2050) — +3,95%
23. Rancho Alegre — 3.454 (2025) → 2.426 (2050) — -29,76%
24. Pitangueiras — 3.139 (2025) → 3.222 (2050) — +2,64%
25. Miraselva — 2.008 (2025) → 1.938 (2050) — -3,49%