Paraná

Superlotada, cadeia pública de Arapongas passa por vistoria do CDH

11 nov 2016 às 09:36

Construída na década de 70, a cadeia pública de Arapongas (40 km de Londrina) mais uma vez foi vistoriada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH). Nesta quinta-feira (10), o coordenador estadual do órgão, Carlos Henrique Santana, permaneceu por 35 minutos no interior da carceragem e ouviu as principais reclamações dos 172 presos que convivem em um espaço destinado para apenas 40. "Essa era a capacidade estabelecida há 40 anos. Depois desse tempo todo, nada mudou", apontou o representante.

Santana elencou que a falta de higiene, ausência de circulação do ar e a completa escuridão foram as principais reivindicações dos detentos. Muitos deles já foram condenados e sequer foram transferidos pela não existência de vagas no sistema penitenciário. O coordenador do CDH frisou que esta não é a primeira vez que um relatório é elaborado sobre as péssimas condições de uso da cadeia de Arapongas. "Não sei quem mais acionar", comentou.


Além dos presos, funcionários do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) também estão sendo prejudicados por causa da superlotação. "São apenas dois servidores para controlar a impaciência de 170 homens. Como fazer em uma situação dessa?", ressaltou Santana. No final de outubro, um detento morreu de meningite bacteriana. Marco Antônio Kimura, 44 anos, chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas morreu por conta da falência múltipla de órgãos.

Além de Arapongas, membros do CDH devem verificar a carceragem de Colorado, no Noroeste do Paraná, nos próximos dias. A reportagem tenta contato com a assessoria de imprensa do Depen para comentar o assunto.


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