A Delegacia de Homicídios ouviu, no final da tarde de quinta-feira (15) e manhã desta sexta-feira (16) depoimentos de duas pessoas-chave para a investigação que busca descobrir quem enviou uma caixa de brigadeiros envenenados à casa da adolescente Talita Machado Teminski, de 14 anos, na segunda-feira (12). Ela e três amigos, em idade entre 13 e 17 anos, passaram mal depois de comer os doces.
No final da tarde de quinta, o taxista que entregou a caixa com os doces na residência da garota finalmente se apresentou à polícia. Ele, no entanto, não trouxe muita informação. Ele disse apenas que uma mulher bem vestida lhe deu a caix nas proximidades do Shopping Pinheirinho, pagou R$ 16 adiantados pela corrida e pediu que fizesse a entrega.
Já na manhã de sexta, o delegado Rubens Ricalcatti ouviu o ex-namorado de Talita, cujo nome não foi divulgado. "Ele é suspeito porque ele ameaçava a Talita, e disse até que ia matar os amigos dela também" disse o delegado. Outra novidade no caso é um fio de cabelo que foi encontrado em um dos brigadeiros. O cabelo foi enviado ao Instituto de Criminalística para análise.
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Segundo o delegado, a polícia vai focar seu trabalho, agora, na identificação da mulher que entregou os doces ao taxista.
Dos quatro adolescentes que ingeriram os doces, dois deles continuam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas (HC). Talita, de 14 anos, que ficou em situação mais grave, já está fora do coma induzido. Ela respira sem aparelhos, quase não recebe mais medicação, mas continua em observação. Kieme Cristina Okada, 16, também na UTI, também está consciente, não apresenta seqüelas e a revisão é que receba alta no sábado. Guilherme Freire Gonçalvez, foi liberado do hospital na quinta-feira. A quarta vítima, Anderson Almeida da Silva, de 13 anos,está em alta desde terça-feira.