O travesti Adriano de Almeida Jorge, conhecido como ''Flávia'', 24 anos, morreu no final de semana em Campo Mourão durante uma aplicação caseira de silicone. Segundo denúncia de um irmão da vítima, Elias, a aplicação estava sendo feita por um outro travesti, Adriano Moreira Gonçalves, 20, que fugiu.
Jorge morreu no sábado à noite, pouco depois de começar a ter convulsões durante a aplicação do silicone em uma das coxas. A aplicação acontecia na casa dele, no jardim Pio XII, um bairro pobre da zona oeste. Ele foi levado para o Posto 24 horas e em seguida ao hospital Central Hospitalar, onde morreu logo depois.
Elias disse em depoimento à 16ª Subdivisão Policial (SDP) que a sessão de aplicação havia começado na sexta-feira, quando um litro de silicone foi colocado na outra coxa de Jorge. No sábado, o travesti começou a passar mal quando já tinham sido aplicados cerca de 650 mililitros de silicone. Gonçalves fugiu quando soube que Jorge havia morrido.
Leia mais:
Defesa Civil do Paraná alerta para risco de fortes tempestades de sábado até segunda
Matrículas da rede estadual do Paraná para 2025 encerram nesta sexta-feira
Motorista morre e passageiro se fere em capotamento em Pérola
Passageiro de van morre em colisão contra base de concreto em Engenheiro Beltrão
Na casa do travesti morto, a polícia encontrou seis seringas de uso veterinário utilizadas na aplicação, além de dois frascos de silicone - um deles vazio -, um frasco de cola Super Bonder, comprimidos contra a dor e a carteira de identidade de Gonçalves. A cola, segundo Elias, era usada para conter possíveis hemorragias durante as aplicações.
O delegado-chefe da 16ª SDP, Lindomar Alves Júnior, estava ontem em audiência no fórum e disse que ainda não tinha conhecimento sobre o caso. A princípio, no entanto, Gonçalves poderá responder por homicídio culposo (sem intenção de matar) e exercício ilegal da profissão. O IML deve divulgar amanhã a causa da morte de Jorge.
Leia esta e outras notícias na Folha de Londrina desta terça-feira.