A Polícia do Paraná prendeu, neste domingo (21), sete seguranças particulares que trocaram tiros com sem-terra que voltaram a ocupar a fazenda experimental de transgênicos da multinacional Syngenta Seeds, no cinturão de proteção ecológica do Parque Nacional do Iguaçu, em Santa Tereza do Oeste, no Oeste do Paraná. Os seguranças particulares foram autuados por formação de quadrilha, homicídio e exercício arbitrário das próprias razões, na delegacia de Cascavel. A Secretaria de Estado da Segurança Pública determinou que policiais fiquem de prontidão nas imediações da fazenda para evitar novos confrontos.
De acordo com informações da AEN, a fazenda, que tinha sido desocupada em julho deste ano, foi reocupada durante a madrugada por homens e mulheres ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). À tarde, os seguranças particulares expulsos na madrugada pelo MST voltaram ao local. Houve, então, troca de tiros, na qual duas pessoas morreram e pelo menos seis ficaram feridas.
Os seguranças presos confirmaram ter participado da tentativa de reintegração. Eles afirmaram terem sido contratados pelo Movimento dos Produtores Rurais para retirar pessoas que tentassem invadir a área. Os seguranças, que teriam chegado num ônibus escolar à fazenda, teriam fugido a pé após o tiroteio. Eles foram encontrados e presos num barracão abandonado a cerca de seis quilômetros da fazenda.
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No tiroteio morreram o segurança Fábio Ferreira de Souza, da empresa NF Segurança e o líder sem-terra Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Kenun. Ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital Universitário os seguranças Vanderlei Giraldi, Rodrigo Oliveira Ambrósio e Marcelo Victor Stevens, e a integrante do MST Isabel Maria Nascimento Souza. Também receberam atendimento médico os integrantes do MST Adilson Alves Cartin, Jonas Gomes de Queiroz, Gentil Couto Vieira e Udson Alves Cardin.